segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vamos Brincar? Como escolher um brinquedo...

Mas afinal quais são os brinquedos que promovem o brincar criativo, saudável e de qualidade?

O brinquedo ideal é aquele que pode ser utilizado de várias formas; que possibilite à criança o uso da imaginação; que estimula os seus sentidos e que lhe permita decidir o rumo da brincadeira.


Os blocos de construções de várias formas e tamanhos, ocos ou maciços são um excelente recurso uma vez que podem ser utilizados para variadíssimas actividades e acompanham o crescimento da criança: podem servir para simplesmente explorar (os padrões preto e branco são os ideias para os recém-nascidos), empilhar, despejar, realizar construções como pontes e torres e mais tarde para se transformarem em garagem para carros, esconderijos para animais ou caixinhas para guardar a lua.


Os brinquedos devem ser uma porta aberta para um mundo onde tudo é possível, onde a única palavra de ordem é a imaginação. Um simples boneco que não corresponde a nenhuma personagem de ficção permite à criança criar a sua própria fantasia, dar azo à sua criatividade e envolver-se num momento lúdico único no qual se experimenta a si própria e ensaia o mundo dos adultos.


Uma actividade de que todas as crianças gostam é a que permite explorar texturas, cores, sons e cheiros novos. Pintar com os dedos, desenhar na areia, encher tacinhas com água, brincar com plasticina são oportunidades de aprendizagem usando o tacto, o olfacto, a visão e a audição. Os mais novos adoram dançar e cantar; o contacto físico é, nesta altura, muito importante.
O brinquedo é sempre o ponto de partida para uma viagem lúdica, mas o caminho deve ser sempre escolhido e construído pela criança. Uma boneca que fala e chora limitará sempre a brincadeira; os bonecos mais simples são aqueles que têm maior potencial lúdico.


A quantidade nem sempre é sinónimo de qualidade. Muitos brinquedos dispersam a atenção dos mais novos. Quando a criança perde o interesse por alguns objectos, a melhor estratégia é guardá-los e mais tarde reintroduzi-los como novos.


Os melhores brinquedos para o recém-nascido são os pais, e tudo o que lhe têm para oferecer – o seu sorriso, uma careta, um som semelhante ao que vocalizaram, o toque… Posteriormente devem ser de cores contrastantes (o branco e o preto são o ideal) uma vez que a visão cromática só surge por volta do segundo, terceiro mês de vida. É interessante perceber o conforto encontrado na simples visualização destes padrões.





Para crianças mais velhas existem ainda os objectos domésticos que poderão ser muito úteis. Uma pequena panela, uma colher de pau, um rolo de papel absorvente de cozinha, uma caixa de papelão, uma massa feita de farinha, água e corante, entre outros, serão certamente objectos/utensílios/alimentos que poderão criar um óptimo cenário lúdico.



Imagens retiradas da Internet

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vamos Brincar?

Hoje as crianças passam horas a fio em frente ao ecrã, quer se trate da televisão, do computador ou até mesmo dos jogos electrónicos de mão. Será isso brincar? O sentido das palavras transforma-se ao longo dos anos, e hoje se questionarmos a Joana de 8 anos ela falará dos desenhos animados, daquela boneca específica que é também uma personagem de um filme de animação que viu no cinema. Os avós questionam-se se as crianças de hoje saberão encontrar numa escova de fatos uma boneca que poderão embrulhar num pedaço de tecido e com ela viajar ao seu próprio mundo de fantasia, em que tudo é enriquecido com um pó de magia, em que a realidade é transformada de forma criativa num mundo encantado. Hoje, os espaços encantados são oferecidos e pré-fabricados… apostar num brincar criativo e de qualidade torna-se uma tarefa difícil para os pais que na maratona dos seus dias encontram na prateleira do hipermercado o brinquedo que sabe ‘calar’ por breves momentos o filho. Esse brinquedo pode até ser rotulado de ‘educacional’ mas haverá evidência que o comprove? Muitos deles transformam a criança num jogador passivo a quem se exige apenas o clicar constante de um botão.

O brincar criativo é essencial para a saúde mental da criança; é fundamental que se envolva activamente no seu brincar para que competências básicas de aprendizagem possam ser adquiridas. Esta actividade lúdica, imbuída de fantasia e criatividade é a forma da criança pequena aprender acerca dela e do mundo que a rodeia.

O brincar considerado de qualidade é aquele que promove a proximidade nas relações interpessoais; é através dele que as trocas positivas, que impulsionam a relação de partilha e segurança, são realmente aprendidas. Nunca é demais recordar que é através de pequenas e simples brincadeiras que trabalhamos a linguagem nas crianças mais novas, respondendo aos seus sons, palavras e gestos, contextualizando o que se vai passando à sua volta. Ao promovermos o desenvolvimento da linguagem estamos também a oferecer à criança novos conceitos, que estimulam a complexidade do pensamento, a aquisição de estratégias de resolução de problemas que serão preponderantes para o futuro sucesso escolar e académico.

O brincar criativo não exclui o desenvolvimento físico. Através da actividade lúdica em espaços abertos, amplos e seguros as crianças movem-se e usam os sentidos adquirindo gradualmente competências da motricidade grosseira. Brincar à patela, à macaca, saltar às cordas ou ao elástico são actividades que permitem, com recurso a materiais de múltiplas funcionalidades, desenvolver e amadurecer competências como a coordenação de movimentos, controlo postural e praxia.

Quando a criança brinca com blocos ela aprende a ser criativa, já que constrói uma estrutura única da sua autoria, desenvolve a motricidade fina (movendo com precisão objectos através da pinça fina, controlando o movimento para manter o equilíbrio de uma torre) bem como explora as relações do tamanho e da forma.

No final do dia, explorar um livro repleto de imagens, permite à criança aprender novas palavras e a ‘ler’ as imagens sequenciando mentalmente a história, desenvolvendo a sua capacidade criativa e imaginativa.
Imagem retirada da internet

quinta-feira, 17 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Suplementos de flúor: sim ou não?

O flúor reduz a prevalência e a gravidade da cárie. Actualmente, considera-se que a sua acção preventiva e terapêutica é tópica e pós-eruptiva e que, para se obter este efeito tópico, o dentífrico fluoretado (pasta dos dentes dos pais) constitui a opção consensual.

Os fluoretos, quando administrados por via oral, podem ter efeitos tóxicos, em particular antes dos 6 anos.


Nas crianças com idades iguais ou inferiores a 6 anos, que cumprem as exigências habituais da higiene oral, isto é, escovam os dentes usando dentífrico fluoretado, a concomitante administração de comprimidos ou gotas aumenta o risco de fluorose dentária (alteração da cor do esmalte).

Ainda antes de o bebé nascer, as consultas de vigilância da gravidez, são uma boa oportunidade para sensibilizar os pais para a importância da saúde oral no contexto de uma saúde global. Por isso, as mensagens devem dar destaque, aos cuidados a ter com a alimentação e a higienização da boca da criança, especialmente após a erupção do primeiro dente.

Na consulta de saúde infantil ou de vigilância da criança pretende-se sensibilizar os pais para a rotina de higiene diária do bebé.

* Imagem retirada da Internet

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Quando iniciar a escovagem dos dentes?

Sondagem fechada!

Quando a criança tem destreza manual para isso - 0 (0%)
A partir do primeiro ano - 2 (11%)
A partir da erupção do primeiro dente - 12 (70%)
Quando a criança não engolir a pasta - 3 (17%)

Após a erupção do primeiro dente, a higienização deve começar a ser feita pelos pais, duas vezes por dia, utilizando uma gaze, uma dedeira ou uma escova macia, com um dentífrico fluoretado com 1000-1500 ppm (mg/l) de fluoreto, sendo uma das vezes, obrigatoriamente, após a última refeição.
A quantidade de dentífrico a utilizar deve ser idêntica ao tamanho da unha do 5º dedo da mão, da própria criança (dedo mindinho).

Não se recomenda qualquer tipo de suplemento oral com flúor.

Aos pais das crianças com menos de 3 anos deverá também ser fornecida informação sobre alimentação, factores de cariogenicidade e a importância de prevenir as cáries precoces da infância, chamando a atenção, em especial, para o facto de o bebé, a partir do 1º ano de idade, não dever usar prolongadamente o biberão nem adormecer com ele na boca, quer tenha leite, farinhas ou sumos. É também particularmente importante reforçar a absoluta contra-indicação da utilização de chupetas com açúcar ou mel.

A partir do momento em que a criança apresenta um dente com uma lesão de cárie dentária, passa a exigir medidas preventivas e terapêuticas específicas. Após o tratamento da lesão de cárie essa criança é incluída num grupo que, do ponto de vista preventivo exigirá maior atenção e acompanhamento.

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, integrado no Plano Nacional de Saúde 2004-2010.

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