sexta-feira, 29 de março de 2013

DI


As autoras do blogue Desenvolvimento Infantil (DI), Ana Rita Monteiro (Psicóloga Clínica) e Fátima Pinto (Pediatra) são formadoras e eternas apaixonadas pelo desenvolvimento das crianças. A necessidade e vontade de dar continuidade à partilha de informação, num espaço acessível a todos os que se interessam pela saúde física e mental das crianças, foi o principal mote para que em 2008 se iniciasse este espaço, que ao longo dos anos se foi adaptando às características dos seus leitores. 

Hoje é um blogue pensado nos pais, cuidadores, educadores, técnicos de saúde infantil e todos aqueles que se deixam encantar pelas características fascinantes do desenvolvimento infantil, e do papel preponderante que os adultos cuidadores prestam, com o seu afecto e capacidade relacional. 

Para podermos dar continuidade a este projecto pedimos a todos os nossos leitores que respeitem os direitos de autor dos textos aqui (e no blogue) publicados. 

Muito obrigada aos 758 leitores que tal como nós se espantam com a beleza do nascimento de um bebé, se surpreendem com cada aquisição do desenvolvimento da criança e acreditam que a plenitude inalcançável do adulto estará sempre mais próxima, quanto mais afecto e laços emocionais o entrelaçarem à sua infância.


quarta-feira, 27 de março de 2013

1001 Presentes - A aventura arriscada do "ter"!



A propósito da Páscoa e de outras alturas do ano semelhantes, como o Natal, em que as crianças esperam receber presentes, tenha especial atenção à mensagem que pretende passar aos seus filhos e principalmente à angústia crescente do “ter”.

É normal, nestes dias, e saudável existir um pequeno miminho/surpresa que provoca uma ansiedade saudável por um momento que se avizinha especial. Este presente deve ser dado num ambiente de tranquilidade e incluído num tempo partilhado repleto de afecto, comunicação e cumplicidade. Se pelo contrário, o cenário for de excitação, angústia e euforia então o presente/surpresa estará sempre associado a estas mesmas emoções, à necessidade de “ter” algo com a finalidade de preenchimento causada pela sensação de vazio que a angústia naturalmente causa.

Imagine que a sua surpresa é um livro, então o presente será lê-lo em família no chão da sala onde confortavelmente todos se sentam formando um círculo. Quanto mais pessoas se juntarem a este momento, melhor, mais esta surpresa será assimilada no gosto crescente da partilha com os outros, na conquista de laços emocionais que permitem relações maduras e próximas.

Imagine agora que o seu presente é um jogo de computador. Não será difícil prever o que acontecerá no momento seguinte. Toda a atenção será direccionada a um ecrã de televisão numa actividade pouco estimulativa e na maioria das vezes impeditiva da comunicação e relação com os outros.

Na altura de escolher um presente para uma criança, seja familiar ou amigo, pense no que será ideal para ela, para o seu desenvolvimento e amadurecimento. Não questione as suas características mas sim as suas potencialidades; será um bom instrumento de mediação relacional, estimulativo ou promotor do desenvolvimento? Não se questione se estará na lista interminável de brinquedos que lhe foi entregue ou descrita, se será ou não do seu agrado. Somos nós, enquanto adultos que criamos os hábitos, interesses e gostos dos mais pequenos. E nunca é tarde demais, temos sempre a nosso favor a enorme plasticidade cerebral das crianças. Falta saber se nos aventuramos no desconforto da mudança ou se nos acomodamos ao que se tornou um hábito… 


Dica DI!


Sugestão DI para dias de férias com chuva na Páscoa. 
Ajudar os mais pequenos a preparar uns bolinhos em cascas de ovos. Vão acham divertido e podem ainda dar asas à imaginação e decorar os ovos. 
Só precisa de retirar o conteúdo do ovo com cuidado por uma pequena abertura que poderá fazer com a ponta de uma faca. Depois de encher os ovos com a massa do bolo, colocar no forno e posteriormente deixar arrefecer! Aproveite este tempo para conversar ou cantar uma música com os mais pequenos!

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O perigo do Baby Bottle Holder




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Os "Baby Bottle Holders" são uma nova moda. Um artigo de puericultura que só faz sentido nos filhos múltiplos, caso contrário será um objecto que distancia os cuidadores, não promove o contacto e a interacção. Aos 6 meses de idade já se espera que o bebé segure o biberão, pelo que este é mais um motivo para evitar um gasto desnecessário. 
A hora do leite deve ser um momento livre de distracções e repleto de afecto. Desligue a televisão, afaste o telemóvel e aproveite este momento único com o seu filho... Ele só precisa do seu sorriso, olhar atento e palavras sussurradas com amor. 


* Imagens retiradas da Internet

domingo, 24 de março de 2013

Uma imagem vale mil palavras! Comentário DI


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Quer encontrar os erros? São tantos... 
Faça precisamente o contrário do que está na fotografia! 
Antes dos 2 anos de idade o bebé não deve ver televisão (Academia Americana de Pediatria). 
Aproveite a hora do biberão para um momento a dois... explore um livro com imagens que possa descrever. 
Aproveite para aconchegar o seu filho no colo, promovendo o toque e o contacto pele a pele. 
Evite que o bebé esteja deitado enquanto toma o leite, prevenindo otites.
Tenha sempre atenção à segurança dos bebés, não os deixe sozinhos no sofá ou na sua cama, facilmente poderão cair.
Aproveite os primeiros dias da Primavera para um passeio no parque, onde as flores começam a rebentar e o sol a brilhar. 
Bom fim-de-semana para todas as nossas famílias DIs!

* Imagem retirada da Internet

Método Canguru

Na Unidade "Kangaroo Mother Care" no hospital Fabella em Manila, Filipinas, as mães são consideradas incubadoras humanas... O método canguru e as suas potencialidades, o poder do toque não é fascinante? Não o descure principalmente nos primeiros meses de vida dos mais pequenos. 

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* Imagem retirada da Internet

segunda-feira, 18 de março de 2013

Dica DI!

Nunca é demais lembrar a importância de se conversar com os bebés e a forma correcta de o fazer.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O toque que nos une...

O tacto é o primeiro sentido a desenvolver-se e adquire extrema importância nos primeiros meses de vida no processo de vinculação mãe-bebé. Através do toque a mãe poderá encontrar um elo de ligação profundo que permitirá ao seu bebé crescer com afecto, sentido de segurança e confiança. Infelizmente, ao longo dos anos e com o avanço da tecnologia associada à puericultura, desenvolvemos objectos que afastam os bebés dos cuidadores. O “ovo”, o carrinho, a espreguiçadeira, embora facilitadores da rotina familiar cavam um fosso entre bebé e mãe dificultando o contacto entre ambos.

Não descure o poder do toque, promova na sua rotina momentos dedicados ao toque pele a pele. Nas primeiras semanas de vida o método canguru é excelente e muito benéfico para o recém-nascido, quer em termos físicos (menor frequência de processos infecciosos, cólicas, entre outros) quer para a sua “saúde” relacional uma vez que proporciona a continuidade da sintonia entre a mãe e o bebé. Basta-lhe reservar 15 minutos no final do dia, sem distracções, para encostar o bebé ao seu peito. Aproveite e sussurre com afecto o bem-estar que proporciona a ambos.

Nos bebés mais velhos opte por uma massagem com um óleo vegetal, prensado a frio, o mais natural possível e anteriormente testado na pele do bebé.

Recorde-se que faz sentido dizer ao bebé que o irá massajar, mostrando-lhe o óleo que espalhou nas mãos. Se perceber que o bebé não está disponível adie para uma altura em que esteja mais tranquilo e desperto.

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*Imagem retirada da internet


terça-feira, 12 de março de 2013

Espelha-me o meu esforço e tornar-me-ei confiante!


A preocupação mais frequente dos pais prende-se com a auto-estima dos filhos. No entanto, a estratégia a que recorrem para tornar os filhos mais confiantes não é a ideal. Dizer a uma criança que é muito inteligente e elogiar constantemente o desempenho com frases de incentivo como “boa, és mesmo rápido” ou “bom trabalho, és mesmo esperto” não a ajuda no seu auto-conceito, pelo contrário torna-a receosa na perda das suas qualidades, sempre tão elogiadas pelos cuidadores. São crianças que não arriscam, não procuram aumentar o nível de dificuldade nas actividades que escolhem e preocupam-se constantemente em estar à altura do rótulo a que foram sujeitas.

Se quer aumentar a auto-estima do seu filho, valorize o seu esforço durante a actividade mais do que o resultado. Opte por descrever o comportamento ou a atitude que lhe permitiu ter sucesso, seja concreto. Por exemplo:

- Se o seu filho completou um puzzle sozinho opte por dizer, “estavas concentrado e atento, por isso conseguiste encaixar todas as peças”;
- Se o seu filho conseguiu realizar um exercício da escola numa segunda tentativa opte por dizer, “não desististe e vê como conseguiste fazer, desenrascaste-te muito bem”.

Por vezes um sorriso e um aceno de cabeça é suficiente para o seu filho perceber que ficou feliz e que reconhece o seu esforço.

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* Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 7 de março de 2013


Um bebé que nasceu surdo e uma mãe com vontade de ser ouvida. Após 8 meses, a voz da mãe ganha forma com o auxílio de um implante coclear... o resto faz parte da magia do afecto. 

Veja o momento em que o bebé ouve pela primeira vez a voz da mãe.


Técnica de Swaddling

 A técnica de swaddling consiste em envolve o recém-nascido num pano ou manta. Uma prática comum há muitos séculos em determinadas culturas e nas últimas décadas de maior recurso no ocidente. Embora não seja uma técnica recomendada pela Academia Americana de Pediatria alguns estudos revelam que poderá ter um efeito protector no Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL). Os cuidadores que usam esta técnica fazem-no principalmente pelo seu efeito calmante e tranquilizante do recém-nascido, dado que reproduz a contenção a que estavam habituados no útero da mãe e lhes permite regular a temperatura corporal. No entanto, esta técnica deve ser usada apenas até à quarta, quinta semana de vida dado que a partir desta altura o bebé sente necessidade de uma maior amplitude de movimentos e deve ser realizada de forma segura evitando a displasia da anca. O cuidador deverá ter especial atenção às pernas do recém-nascido, enrolando-o na manta de forma a permitir o movimento livre dos membros inferiores. 

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Poderá assistir ao seguinte vídeo da  IHDI (International Hip Dysplasia Institute) e visualizar as técnicas seguras de swaddling. 




Esta deverá ser uma técnica a usar quando o bebé se encontra desconfortável mas não deverá ser mantida ao longo de todo o dia, apenas pontualmente tendo sempre em atenção a temperatura do recém-nascido, evitando o aquecimento corporal excessivo. Recorde-se ainda da importância do toque e de um período de massagem ao bebé, que envolve o tão importante contacto pele a pele, nos primeiros meses e anos de vida. 

* Imagem retirada da Internet

quarta-feira, 6 de março de 2013

Dica DI!



A capacidade de partilha é uma competência que se avalia no desenvolvimento infantil, exige capacidade cognitiva e é fundamental para a interacção social. Por vezes descurada na sua importância e muitas vezes imposta ("tens que deixar os outros meninos brincarem com os teus bonecos", "pergunta aos teus amigos se querem um rebuçado", etc.) sem sucesso. Saiba que a solução é aparentemente simples, apenas terá de o ser e passar naturalmente essa característica aos seus filhos.
A estratégia é incentivar os mais pequenos a assistirem e participarem nos seus momentos de partilha com os outros.

domingo, 3 de março de 2013

Hoje na Revista do Jornal Público, a Dr.ª Fátima Pinto e o DI

É como enorme satisfação que partilhamos com os leitores do DI a notícia do dia! Na revista do Jornal Público, 2, incluído na reportagem "Às vezes, só é preciso não desistir" (página 36) a Jornalista Andrea Cunha Freitas revela o que numa tarde foi tema de conversa com a Drª Fátima Pinto, co-autora do blogue DI!





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