terça-feira, 9 de junho de 2009

58º Congresso da Associação Espanhola de Pediatria

Avaliação do desenvolvimento psicomotor no infantário em crianças

F. Miranda**, A. Braga**, P. Nascimento**, T. Andrade**, F. Pinto*
Centro de Saúde da Carvalhosa e Foz do Douro
Porto, Portugal
*Assistente Graduada de Pediatria
**Interna Complementar de Pediatria

Introdução: Aos 6 anos são frequentes as dificuldades de aprendizagem consequentes a problemas do desenvolvimento não previamente detectados. A avaliação na idade pré-escolar permite antecipar estratégias de intervenção. Este estudo teve como objectivo avaliar o desenvolvimento psicomotor em crianças de 3 anos frequentadoras de Infantários.
Metodologia: Estudo realizado de Setembro a Dezembro de 2008, no âmbito da Pediatria Comunitária, em crianças dos 35 aos 49 meses, de Infantários da área urbana do Porto escolhidos aleatoriamente. A sua realização foi autorizada e agendada com pais e educadores. Usou-se a Escala Modificada de Desenvolvimento Psicomotor de Brunet-Lézine dos 3 aos 6 anos de idade. A aplicação e cotação quantitativa e qualitativa do teste seguiram as normas do seu autor.
Resultados: Foram avaliadas 170 crianças com uma idade média de 40,5 meses sendo 57,1% do sexo masculino. Do total, 22,3% (n=38) obteve um resultado médio, 74,1% (n=126) acima da média e 3,6% (n=6) abaixo da média. Nas crianças com maiores dificuldades, os piores desempenhos foram na área da motricidade fina, nos grafismos e construções, e os melhores na área da realização, nos encaixes e puzzles; todas elas foram orientadas para nova avaliação, no Centro de Saúde e pelos mesmos examinadores, com Escala de Ruth Griffiths.
Conclusão: Neste estudo 3,6% das crianças tiveram resultados inferiores aos esperados para a faixa etária. Nestas, a avaliação do desenvolvimento permitiu conhecer as suas dificuldades, possibilitando a orientação para uma maior investigação e o investimento em processos terapêuticos impulsionadores do seu futuro desempenho pessoal e académico.
A avaliação no Infantário, fora do gabinete de consulta, percebida como menos ameaçadora, facilitou o exame e encurtou o período de não vigilância formal entre os três e os quatro anos de idade.

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