terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Os hábitos de leitura – Reflexões de uma mãe psicóloga

A partir dos 6 meses deve iniciar-se a leitura de histórias aos bebés, nestes primeiros meses com livros adaptados à faixa etária, pelo menos é aquilo que encontramos na literatura de “ponta” do desenvolvimento infantil.

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Cá em casa a aventura começou bem mais cedo, não por insistência de uma mãe psicóloga mas porque os presentes dados pelos amigos próximos, também eles com profissões ligadas ao desenvolvimento infantil/pediatria, eram em grande parte livros. É curioso que não optaram pelos livros básico de imagens com legendas, o mais frequente para as primeiras faixas etárias, mas pelos livros com história e ilustrados. Outros foram por mim comprados, optando por aqueles que apresentavam imagens com elevado contraste e por isso mais apelativos e outros que incluíam a estimulação táctil através de diferentes materiais. Comecei a ler histórias à minha filha quando ela tinha cerca de 3 meses. A primeira experiência foi muito animadora, ficou atenta, curiosa e conseguiu ouvir a história até ao fim. Desde logo percebi que era uma actividade que a tranquilizava, ideal para preparar o sono da tarde. Sabendo eu dos benefícios intermináveis de ler histórias aos bebés aproveitei a sua disponibilidade para incluir os livros na nossa rotina. E desde então tem sido assim. Hoje com cinco meses e meio, leio-lhe sempre 3 três livros com histórias estruturadas, a “A Galinha Ruiva”, “Quando Eu Nasci” e a “Camila apaixona-se”, por esta ordem. Enquanto leio, sigo o texto com o dedo e comento sempre a ilustração apontando com o dedo. Nesta fase, gosta de ouvir a história deitada, de agarrar o livro, de sentir a textura do papel e entusiasma-se com a leitura expressiva. Ainda não tem 6 meses e os livros já lhe são familiares. 

Um destes dias, na procura de novos livros a incluir na biblioteca que se vai formando, encontrei um indicado para a sua faixa etária. Tem imagens e um pequeno fantoche de dedo que acompanha todas as páginas. Para ser sincera duvidei desde logo se demonstraria interesse, mas com os bebés só experimentando e insistindo. Assim foi, insisti, insisti e o livro está encostado, talvez quando for mais velha e se entusiasme com o conteúdo das histórias, fique interessada com um mini teatro feito com o fantoche. Desta nossa, ainda pequena, aventura no mundo encantado dos livros posso concluir que cada bebé é diferente, que não devemos deixar de experimentar nada, mesmo que o material que lhe estamos a oferecer seja para faixas etárias bem mais avançadas. Quando é que eu poderia imaginar que a minha filha com 5 meses e meio iria adorar “ler” três livros, com cerca de 15 páginas cada? Jamais, mas se não experimentasse nunca saberia. Por outro lado, percebo que os brinquedos e livros, têm sempre uma recomendação de idade, que poderá auxiliar os pais mas poderá também inibi-los. Não deixe de oferecer aquele brinquedo que até acha que o bebé iria gostar mas que ainda não é próprio para a idade. Da mesma forma, muitas crianças de 2, 3 anos, adoram ir à prateleira dos brinquedos mais antigos e “básicos” e ficam fascinados com a simplicidade de determinada actividade, porque também os brinquedos crescem com as crianças. Hoje servem um propósito, amanhã outro. O livro do fantoche de dedo é um excelente exemplo. Tenho certeza que ainda nos iremos divertir muito com a sua ajuda, será um óptimo aliado de um teatrinho.

Tenha, no entanto e sempre, muita atenção quanto à segurança do brinquedo escolhido que é variável conforme a idade em que é usado. Excluindo isso aventure-se, surpreenda-se também com o mundo maravilhoso e inesperado dos bebés.


* Imagem retirada da Internet

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A gargalhada partilhada e a interacção crescente dos bebés - Reflexões de uma mãe psicóloga

 É único e indescritível o momento em que sentimos o nosso bebé parte integrante da dinâmica familiar afectiva. Desde o dia em que nasce, a casa ganha um outro ritmo, novas rotinas às quais todos os elementos se adaptam. Mas existe aquele instante mágico em que sentimos que o bebé não poderia estar mais interactivo, presente e bom entendedor da magia da partilha, do afecto impregnado num sorriso partilhado que rapidamente se transforma numa gargalhada pela alegria do sentimento de unicidade e sintonia. Não me parece de todo descabido, apelidar este momento como o momento da transformação afectiva da família. Até então o que muda são as rotinas, os cuidados, as tarefas e actividades. Há uma readaptação aos papéis familiares e as próprias relações sofrem mudanças. A relação com o bebé começa, também ela, desde o primeiro segundo de vida mas a verdade é que é uma dedicação profunda, uma entrega completa que sabemos ser recompensada vezes sem conta quando sentimos o nosso bebé feliz e activo nas trocas familiares. Sabemos que é desde sempre permeável ao humor familiar mas é fascinante quando o seu interesse ganha forma, e transparece quando numa risota pegada em volta de um acontecimento inesperado contamos também com a gargalha do elemento familiar mais novo. Não que entenda o motivo e o que suscitou a troca de risos incontrolável mas revela a compreensão da atmosfera afectiva da família. É um momento de pura felicidade, de recompensa absoluta do investimento afectivo-emocional de meses, alguns deles influenciados pela privação do sono e pela paciência necessária à compreensão do choro inconsolável característico das cólicas.

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Ser mãe e ser pai é tudo isto, é investir sem esperar nem saber o momento mágico que é a transformação afectiva da família. Ter um bebé participativo, disposto a brincar e a interagir em todos os momentos marca, para sempre, o rumo daquela família. É um renascimento, que conta agora com a acção e construção de um novo rosto e de um bebé disponível para todos os desafios. Surge, invariavelmente, o sentimento de plenitude familiar e de certeza que o seio da família é a zona de conforto e segurança para o pequeno bebé e que serve de mote à exploração confiante do mundo lá fora.
* Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A intuição pe(r)dida na parentalidade

A intuição, aliada da parentalidade, é uma das melhores ferramentas que um cuidador pode ter. Infelizmente muitos pais, emocionalmente equilibrados, têm muita dificuldade, por um lado, em sentir essa intuição e, por outro, em a colocar na prática. Há sempre o pediatra à distância de uma chamada, há sempre a avó que tem mais experiência e por fim, talvez o elemento mais importante, a insegurança e a incerteza. Sentimos, inevitavelmente, que em alguma altura podemos falhar e simplesmente nós não queremos isso. É interessante reparar que muitas são as vezes que, ouvido o conselho do pediatra ou de um familiar próximo, a decisão tomada é muitas vezes diferente e, tirando raras excepções, é aquela que inicialmente se pensou. Certa ou errada é a que a intuição ditou. Por isso, ela existe, está lá, só não está a ser valorizada. Poderá contra-argumentar, “mas muitas vezes não foi a melhor decisão!”, dar-lhe-ei razão, mas esse é sempre o mote de mudança. Ela só existe, quando se sente o desconforto do fracasso de uma atitude tomada… Só crescemos enquanto pais, quando abraçarmos e nos entregarmos à intuição que um dia, agradavelmente se transformará em bom senso. Ignorar o sexto sentido de mãe, cuidador, é retirar o afecto da relação, é seguir regras e conselhos em “piloto automático” sem se deixar envolver, no caldo mágico que é a relação com um filho.
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O que constrói essa relação, e permite que se fortaleça sob alicerces bem seguros, é a espontaneidade sem freio nem receio. É a entrega, na certeza de que será sempre o melhor que sabe e sente. A parentalidade é a viagem mais rica e transformadora a que se propôs. É a mais exigente mas a mais fascinante, a que tem a força de construir pessoas. As que um dia estarão a cuidar do nosso planeta nas suas mais variadas vertentes.


Considero que ser mãe e pai é a tarefa de maior responsabilidade que temos, certamente muito mais relevante do que aquelas que estão escritas em papel quando chegamos ao escritório. Esta está escrita com a linguagem do afecto, do comprometimento e da entrega e jamais resultará se tentar copiar a estratégia do colega do lado. Por isso, confie na sua intuição e, tal como os melhores pediatras, acredite na importância do que “a mãe acha”.
*Imagem retirada da Internet

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Quando os bebés descobrem que o choro amolece o coração dos pais – Reflexões de uma mãe psicóloga

O choro é sempre uma forma de comunicação do bebé. Inicialmente dá-nos conta do desconforto, provocado pela fome, por uma fralda suja ou pelas cólicas típicas dos primeiros meses de vida. No entanto, por volta do 4 mês, já neste blogue falado, surgem outras emoções derivadas desta angústia. Nesta altura o bebé começa a perceber o efeito que, a demonstração dessas emoções negativas, têm no adulto. A minha filha apercebeu-se recentemente que se chorasse vigorosamente, um choro gritado, era facilmente acudida pelo cuidador que estivesse mais próximo. Esta aprendizagem foi rápida e ainda que tivesse ocorrido espontaneamente, rapidamente se tornou o seu trunfo. É natural que os bebés gostem de colo e mimo, é natural e esperado que demonstrem satisfação quando são acarinhados, no entanto, permitirmos que a moeda de troca seja o choro é certo e sabido que estaremos a promover uma excessiva dependência, limitadora de novas descobertas, mesmo em idades tão tenras como os 5 meses.

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Até aos 3 meses, todo o choro deverá ter resposta, o bebé deve ser sempre confortado porque até lá dificilmente se acalma e sossega na ausência de um adulto atento e cuidador. A partir desta altura, o bebé já se autoconsola e portanto possui uma estrutura psicológica que lhe permite lidar com um desconforto superficial. Obviamente que se está doente ou especialmente vulnerável em determinado dia então, deverá ser nessa altura, mais acarinhado. Salvo estas excepções permita que o bebé chore, se adapte ele mesmo a estas emoções e aprenda a reconfortar-se e redireccionar a atenção. Como cuidador, deverá sempre traduzir em palavras o que o bebé demonstra. Poderá dizer, “estás aborrecido, esse choro é de estares chateado” e redireccione, “e se a mamã te der este brinquedo, podes sempre te distrair”. Se não resultar inclua-se na brincadeira sem pegar no bebé. “Eu acho que precisas da ajuda da mamã” e opte por aquela que sabe que o bebé gosta. A minha filha adora ouvir músicas e que se assobie a melodia, fica entretida e imita a expressão do cuidador.


Associado a esta dificuldade muito presente nos cuidadores, a incerteza de acudir a todo e qualquer choro, surge um outro elemento que dificulta a serenidade e tranquilidade da parentalidade. Os intercomunicadores! Conheço muitas mães que se deixam enfeitiçar por este pequeno auxiliador, que deixa de o ser, quando é usado excessivamente e com a finalidade de acompanhar cada suspiro do bebé e socorrer o mínimo sinal de desconforto. O ideal é que se esqueça que o tem por perto e só se lembre dele quando o bebé começa a despertar e a fazer os sons típicos desta fase do sono. Nessa altura, dê espaço ao bebé, permita que esse seja um tempo só seu. Mesmo que à mistura surja um choro, lembre-se que nem sempre acorda bem disposta, por isso permita que o bebé desperte completamente e se aperceba que está na sua cama, no quarto onde adormeceu. Se nessa altura se entreter com alguma imagem ou brinquedo, espere até que se aborreça. Socorrer o bebé a cada instante, não dando oportunidade que ele próprio se aperceba do seu desconforto não permite um desenvolvimento salutar e transmite-lhe insegurança e receio. O que o bebé percebe é que “se estás aqui mal choro então não é suposto eu entreter-me sozinho e lidar com as minhas emoções”. O choro pode ser potencialmente desorganizador para os cuidadores e todos os bebés são diferentes. O importante é que conheça as pistas do seu bebé e perceba também o efeito que têm em si. Nessa altura será mais fácil, e intuitivo, perceber a melhor estratégia. Lembre-se, a impulsividade não é amiga da parentalidade. A tranquilidade, essa sim, poderá ser uma excelente aliada. 
*Imagem retirada da Internet

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Com o brincar não se brinca!

Frequentemente na consulta psicológica os pais referem que não brincam com os filhos. O mais habitual é justificarem com a falta de tempo, deles e dos mais pequenos… Alguns pais ficam surpreendidos com a pergunta e acham que não é relevante partilharem esse momento com os filhos. Quanto ao brincar, esse tem costas largas, pode ser ver televisão, jogar na playstation ou montar um puzzle. É importante diferenciar conceitos. Jogar pressupõe seguir uma série de regras que permite organizar e estruturar uma actividade de início ao fim. O jogo tem sempre um objectivo final, são poucos aqueles que não envolvem um vencedor e um vencido. Os jogos são importantes porque ensinam regras, o respeito pela vez do outro e exigem a capacidade de planeamento, pensar e pôr em prática estratégias. Alguns permitem o desenvolvimento de competências mais específicas como a memória visual, a concentração, a orientação visuo-espacial, etc.
O brincar esse é livre, não tem guião nem leme orientador. Surge da capacidade imaginativa da criança que se entrega por inteiro à sua fantasia. Nele concretiza os seus maiores medos e as suas maiores admirações. Nele a criança projecta o amanhã e vive o presente. Ensaia a vida sem nunca se comprometer, começa uma história que poderá não ter fim… O brincar é indispensável ao desenvolvimento emocional. Uma criança que não brinca dá-nos conta da sua débil saúde mental, alerta-nos para a urgência do seu acompanhamento psicológico. O brincar permite à criança, o desenvolvimento de áreas cerebrais que serão fundamentais à aprendizagem de conteúdos formais, na escola. Desta forma, não há como fugir! As crianças têm de brincar, esse não é o seu tempo de descanso mas sim o tempo de construção, de expressão e desenvolvimento. Brincar não é perder tempo, é permitir à criança construir os alicerces para amanhã se tornar um adulto feliz e responsável.


Incluir os pais na brincadeira é como juntar calda de açúcar a um bolo. Mas atenção, brincar a sério! Entrar no mundo de fantasia da criança, e desinibir os movimentos, destravar a língua e entregar-se a uma gargalhada sentida! Se ficar exausto, com dor de costas e não conseguir apagar o sorriso que se instalou, então fique a saber que está de parabéns. Também aos adultos faz bem brincar. Relembra questões bem pertinentes, as quais se esquecem pela frieza do dia-a-dia demasiado real e duro. O brincar partilhado pode ser apenas de 15, 20 minutos. Mas as crianças precisam de mais tempo, sozinhas, acompanhadas pelos irmãos ou amigos…


Lembre-se que o brincar não exige uma montanha de brinquedos! Poderá até nem envolver qualquer objecto… Mas essa decisão cabe apenas à criança, decidir a que quer brincar e como o fazer. O adulto não dá respostas, não impõe brincadeiras ou conduz o brincar. Nas crianças mais indecisas o adulto pode ajudar a organizar o pensamento, questionando, “diz-me lá a que vamos brincar”, “a que te apetece brincar?”, sem sugerir ou impor soluções. É difícil mas como em tudo o treino melhora a função. Quantas mais vezes se entregar ao brincar mais fácil será se envolver verdadeiramente. Experimente! E lembre-se, o seu filho tem de brincar, não é uma escolha é simplesmente assim…

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A parentalidade exige responsabilidade, equilíbrio e tranquilidade – Reflexão de uma mãe psicóloga

Esta semana, quando fomos à USF (Unidade Saúde Familiar) para a bebé ser vacinada, ouvi mais do que uma vez, “tadinha, vai à pica!”, “ui, o terror das vacinas!”. Em conversa com a Pediatra percebi que são inúmeros os pais que ficam ansiosos com o momento da vacinação, que choram e se afligem com o sofrimento dos mais pequenos, ainda que este seja sinónimo de protecção contra variadíssimas doenças, muitas delas potencialmente letais. A Enfermeira e a Pediatra rapidamente faziam o reparo às bocas alheias, com uma assertividade exemplar, fruto da prática diária e vasta experiência mas é com alguma surpresa e dificuldade que tento compreender e encontrar possíveis justificações. Ser pai, ser mãe exige responsabilidade, equilíbrio e tranquilidade. Só com estes ingredientes estaremos a cuidar verdadeiramente do futuro dos nossos filhos, da sua saúde física e mental, promotora da estabilidade necessária para fintar os percalços da vida e manter a perseverança necessária à concretização dos objectivos pessoais, profissionais e familiares.

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Nos primeiros anos de vida dos filhos, o que sentimos e transparecemos é aquilo que lhes oferecemos. Poderá ser um presente valiosíssimo ou um presente envenenado. As crianças, essas confiam cegamente nos cuidadores, por isso estão certas de que aquilo que a mãe e o pai lhes oferecem deve ser abraçado e vivido plenamente. Se ao entrarmos num gabinete de enfermagem, com o nosso filho ao colo, chorarmos como se o mundo fosse desabar então aquilo que estamos a comunicar é exactamente isso, o mundo está prestes a ruir e eu estou em pânico! Não nos podemos admirar que amanhã o nosso filho não queira entrar na sala de enfermagem, acabamos de lhe ensinar que lá dentro coisas muito más acontecem, tão más que eu que sou tua mãe, e te devo proteger, não me consegui aguentar. E como este exemplo há inúmeros. Ser mãe e pai é das tarefas mais exigentes a que nos propomos, e para que seja bem sucedida deverá ser altruísta. É também disfarçar o indisfarçável, é sentir receio do futuro mas ainda assim fazer do dia-a-dia um conjunto harmoniosos de rotinas que a criança anseia viver, experimentar e desafiar. A partilha verdadeira dos nossos sentimentos mais sombrios, essa deve ficar para mais tarde, altura em que a criança já possui uma estrutura psicológica que suporte perceber que o pai e a mãe também são pessoas vulneráveis, nem sempre seguras de si! Até lá, a sua auto-estima, a sua segurança só é possível através dos cuidadores. Se for um pai demasiado ansioso, que limita toda e qualquer experiência do seu filho com receio que se magoe, fique a saber que está a encurtar drasticamente o leque de vivências que garantem um desenvolvimento neuropsicológico salutar. Ser mãe e pai é também assistir a quedas, algumas feias, e estar lá, seguro e tranquilo para cuidar e mimar. É difícil? Muito! Mas ninguém disse que era fácil… Erramos muitas vezes? Claro que sim, e é esse o mote da mudança, de aperfeiçoamento do nosso papel enquanto pais. Desengane-se quem se acha perfeito, uma mãe e um pai crescem a par dos filhos. 
* Imagem retirada da Internet

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Língua Gestual para bebés

A língua gestual é uma ferramenta pouco conhecida mas extraordinária para os bebés e cuidadores. Como é óbvio é uma das principais vias de comunicação dos bebés com dificuldades auditivas ou surdez mas poderá também ser um meio de comunicação privilegiado nos bebés pré-verbais normoouvintes. Se pensar, recordar-se-á que o dizer adeus acenando surge bastante mais cedo do que a palavra adeus. Assim, facilmente compreendemos que o bebé comunicará mais cedo através de gestos e que se lhe ensinarmos os gestos das palavras que terão mais utilidade num futuro próximo mais facilmente conseguiremos perceber o que o bebé nos pede ou o motivo do seu desconforto.

Por exemplo, um gesto a introduzir desde cedo poderá ser aquele que representa o leite. Se der o biberão poderá associar a imagem, a palavra e o gesto… no final de algumas semanas irá facilmente perceber que quando faz o gesto o bebé já o compreende, da mesma forma que percebe que o biberão representa o leite, irá perceber que é hora de mamar. Se amamentar fará exactamente o mesmo na hora em que coloca o bebé ao peito.

Quanto mais cedo iniciar esta prática melhor, também o cuidador terá de se ambientar a esta rotina caso contrário facilmente se esquecerá de associar o gesto à acção ou objecto. Muitos pais começam por volta dos 6 meses, altura em que o bebé estará mais receptivo.
Os benefícios da utilização da língua gestual passam pela redução da frustração, dado que o bebé consegue pedir o que pretende mais cedo, o aumento da confiança por conseguir se expressar e ser compreendido, e segundo investigações recentes pelo melhor desenvolvimento do vocabulário oral. Para os pais é um auxílio poderoso na compreensão das pistas do bebé.
Os primeiros gestos a associar às palavras poderão ser leite, água, mais, dormir, dor ou outras que os pais considerem mais pertinentes.



Recorde-se que o gesto não é mais do que um estímulo visual pelo que deverá ter o bebé disponível, interessado e em contacto visual. Não escolha mais do que 5 gestos inicialmente, caso contrário será demasiada informação o que poderá confundir o bebé. Não se esqueça que só a repetição garante a aprendizagem, por isso sempre que disser a palavra faça também o gesto.


Não fique demasiado ansioso pelos resultados, habitualmente só alguns meses após a sua introdução é que os bebés começam a reproduzir os gestos e de forma pouco coordenada. Não seja demasiado exigente. Mais uma vez, esteja atento às pistas, quando o bebé estiver pronto para começar a língua gestual não deixe de elogiar os pequenos esforços.

Esta menina, Kiki, tem apenas 11 meses. Veja o vídeo:


Quando iniciar a sua aprendizagem recorde-se que a nossa é a Língua Gestual Portuguesa. No youtube encontrará vários vídeos que o poderão auxiliar como o que seleccionamos para o gesto “leite”. 

domingo, 27 de outubro de 2013

As pistas, as rotinas e o sono!

Como mãe, a minha perspectiva do desenvolvimento ganha outra forma. Não que antes fosse imaginada porque assisti ao crescimento de muitos bebés, pacientes e familiares, mas porque simplesmente a afectividade que lhe é inerente permite que cada passo seja visualizado com o zoom da alegria e felicidade que é viver o desenvolvimento dos nossos bebés.

Penso que se todos os pais tivessem a informação e formação que tenho seriam muito mais tranquilos quanto ao desenvolvimento dos seus bebés. A variabilidade individual, na universalidade do neurodesenvolvimento, é imensa e aquilo que poderá surgir aos 3 meses num bebé pode surgir noutro aos 2 ou aos 4 meses. Sermos rígidos e aguardarmos pelos marcos de desenvolvimento com a check list à espera de um visto, para além de traduzir a ansiedade que passamos ao bebé, é também sinal da necessidade de repensar as nossas expectativas e mais uma vez adaptarmos a imagem idealizada do bebé para a do real com quem vivemos diariamente.

No nosso caso, foi na semana que completaria os 4 meses que se abriu uma janela de oportunidade, e das valiosas. A das rotinas de sono. E percebendo eu rapidamente as pistas, aproveitei-as como se fossem pedras preciosas. E são! Ditam o primeiro passo da autonomia dos bebés. Numa destas noites a minha filha chorava enquanto a tentava adormecer ao colo, por volta das oito e meia da noite. Estranhei, este já era um hábito estabelecido, entrar no quarto escurecido era suficiente para que o sono ditasse o adormecimento. Confesso que antes de a deitar no berço pensei duas ou três vezes, “será?” No momento que a deitei ficou tranquila, a olhar as imagens que colei no berço e o ursinho que muda de cor e funciona também como luz de presença. Percebendo que era isso que ansiava, sussurrei-lhe “até amanhã, bons sonhos!” Beijei-a, sorriu, nela percebi um olhar de cumplicidade, “percebeste o que eu queria!” Precisava daquele tempo só dela, de fazer um balanço sereno e tranquilo das aprendizagens do dia e perder-se nos contornos dos desenhos e do brilho da luz que a embalaria nos seus primeiros sonhos conduzidos sozinha. Desde então este ritual tem-se mantido e generalizado ao restante sono.

Muitos bebés podem ter esta rotina desde o primeiro dia, depende, cada bebé tem necessidades diferentes. A minha foi aos quatro meses… poderá ser tarde aos olhos de muitos pediatras ou psicólogos. Mas a verdade é que foi no seu tempo, com as pistas ideais para que a compreendesse. Sabia que era uma questão de tempo até que estes pequenos sinais surgissem. O problema surge quando os pais não estão disponíveis para as perceber ou simplesmente não estão suficientemente atentos.

Passa a oportunidade e é certo que o caminho escolhido sendo o errado ditará que mais tarde aquela família terá de arregaçar as mangas e tratar do assunto. Não é desejável que uma criança aos três anos de idade durma na cama dos pais ou precise da presença de um cuidador para que consiga adormecer. Será uma criança mais ansiosa, menos disponível para as aprendizagens e muito dependente do adulto.

Nem oito, nem oitenta. Mas o que mais assisto na minha prática clínica é o oitenta. Crianças de 11 anos que não são minimamente autónomas, extremamente ansiosas que vivem num estado de alerta constante e que realmente sofrem. Elas e os pais, que no entretanto, deixaram de ter também eles uma rotina de sono, este deixou de ser reparador e tranquilo. As rotinas de sono são valiosíssimas, não nos devemos enganar. Ditam a serenidade das noites futuras. Quando exijo aos pais que mudem, que estipulem novas e saudáveis rotinas de sono encontro sempre imensas resistências. Percebo que serão sempre mudanças que causam desconforto, desorganizam a dinâmica em casa mas são tão necessárias como o antibiótico receitado pelo médico.


Não me canso de sublinhar: os bebés dão sempre pistas, comunicam sempre o desconforto pelo choro, mãos fechadas, expressão tensa e respiração ofegante e o conforto pela tranquilidade da sua postura, mãos abertas, respiração pausada e expressão relaxada. Estão em constante relação e por isso, sempre disponíveis para comunicar. Cabe ao adulto ter disponibilidade e vontade de explorar essa interacção.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A importância do apontar (a dois)

Entre os nove e os doze meses de idade, a criança começa a usar o dedo indicador para apontar as coisas que vê e pelas quais tem interesse. Este é um importante marco de desenvolvimento das competências da comunicação e linguagem. Significa que lhe quer mostrar algo, que quer comunicar consigo. Nesta altura converse, descreva o que o bebé aponta. É importante que ele perceba que estão os dois interessados no mesmo.

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Se aos doze, treze meses o bebé não apontar poderá ser um sinal de alarme para as perturbações do espectro do autismo. Fique atento e estimule o seu bebé. Marcar um rastreio do desenvolvimento será sempre uma boa solução.

*Imagem retirada da Internet

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Comunicação com o bebé pré-verbal: A importância das expressões (2)



Compreender as pistas dadas pelo bebé pré-verbal é fundamental. Não só para o cuidador se sentir seguro bem como para o bebé ver reconhecidas as suas emoções e necessidades.
Responda a todas estas expressões faciais. Todas elas são uma forma de comunicação e portanto pistas que deverão ser aproveitadas. Verbalize a sua interpretação, adaptando o tom de voz e aja em consonância.
1. Raiva: Sobrancelhas próximas e descidas. Olhos fixos, boca tensa.
2. Alegria: Boca esboça um sorriso, bochechas levantadas, brilho nos olhos.
3. Interesse: Sobrancelhas ligeiramente subidas, boca suavemente arredondada.
4. Repulsa: Nariz enrugado, lábio superior levantado, língua ligeiramente para fora.
A raiva surge por volta dos 6 meses de uma derivação da emoção primária desconforto/angústia dos meses anteriores. Alguns autores referem que surge antes, por volta dos 4 meses de idade em resposta a situações desagradáveis ou de restrição. Neste caso verbalize o motivo que provocou esta emoção adoptando uma postura empática mas segura, apontando a solução e não o problema. A partir dos 3 meses, o bebé já pode lidar com a frustração, por curtos períodos de tempo, sem a necessidade de ser reconfortado imediatamente.
A alegria e o interesse são emoções que nos indicam a receptividade e disponibilidade do bebé para novas aventuras e experiências. Aproveite o momento para uma massagem, para estimular a linguagem ou mesmo brincar às expressões. Aos 3 meses o bebé arregala os olhos frequentemente, sendo este um sinal de interesse pelo que está a observar.
Na repulsa, frequentemente associada a experiências de novas texturas, sons, aromas ou sabores tente minimizar o desconforto redireccionando a atenção do bebé.



sábado, 12 de outubro de 2013

Serás certamente uma excelente mãe – Reflexões de uma mãe psicóloga

Os despertares nocturnos para cuidar da minha bebé são, quase sempre e quando o cansaço não é sinónimo de exaustão, promotores de reflexões acerca dos laços que nos unem a pequenos mas tão poderosos seres. Quando lhe guardo o sono muitas vezes pressinto na sua respiração tranquila um número infinito de possibilidades, tudo está em aberto para aquela futura pessoa. São infinitos os caminhos que poderá percorrer. E facilmente penso-a enquanto adulta, segura das suas decisões e opções. Um destes dias pensei, “serás certamente uma excelente mãe”. Como mãe não poderia pensar de outra forma… e recordo-me de me dizerem exactamente o mesmo no hospital, poucas horas após o parto. Eu sei que sou a melhor mãe do universo, do universo da minha filha! Todas as mães o são, simplesmente porque se disponibilizaram a amar e cuidar aquela (especifica) pessoa até ao último dia das suas vidas. E portanto não existem más mães. Poderão existir progenitoras que não se transformaram em mães, ou porque nunca o desejaram, e entregaram os filhos para adopção, ou porque uma doença física ou mental lhes impediu o processo. Estas últimas podem sempre, e em qualquer altura, se tornar excelentes mães, as melhores… para os seus filhos! Basta para isso que sintam vontade, se aventurem no desconforto que algumas mudanças inevitavelmente provocarão, e procurem soluções, possivelmente ajuda para esta transformação. Como psicóloga já vi nascer algumas mães e não existe maior satisfação para um profissional de saúde mental.
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Acompanho actualmente um menino, o João (nome fictício) com uma perturbação do espectro do autismo. É um menino que não se entrega como os outros, que a comunicação não flui naturalmente e que a disponibilidade para cuidar e deixar-se cuidar é muito baixa. No entanto este menino tem a melhor mãe do mundo! E quis o destino que essa mãe não fosse a sua progenitora. A vida de ambos lá se encarregou de cruzar os caminhos que um e outro teriam de percorrer para encontrar a mãe e o filho. Hoje, apesar dos desafios constantes, não há rigorosamente nada que abale os seus papéis. Muitas vezes insegura, a mãe pede ajuda; muitas vezes questiona se a sua atitude foi a melhor nesta e naquela situação mas em vez alguma desistiu e só não o fez porque é a melhor mãe do universo… do universo do João! Ser mãe é isso mesmo, procurar ajuda e suporte quando é necessário ou quando simplesmente a insegurança “bate à porta”. Deixá-la entrar e instalar-se é que não é solução. Ela é certeira na chave do medo e contamina toda e qualquer relação.

Para ser progenitora basta querer, para ser mãe basta amar. O amor por um filho comporta tudo, todos os esforços, todos os desafios e aventuras. Se é mãe, orgulhe-se porque é a melhor mãe do universo… do seu filho!
* Imagem retirada da Internet


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Comunicação com o bebé pré-verbal: A importância das pistas

A forma como o bebé posiciona as mãos pode ser uma valiosa pista na interpretação do seu estado geral, bem como na adequação da atitude do cuidador.
Pistas indicativas do estado emocional do bebé através da posição das mãos:
1.Estado de alerta activo
2.Estado de alerta irritado/desconfortável
3.Estado de alerta passivo
4.Estado de transição para o sono/sonolência
5.Sono profundo

No estado de alerta activo (1) aproveite para estimular o bebé, interagir e abusar das conversas a dois.
No estado de alerta irritado (2) opte por diminuir o número de estímulos, sussurre palavras de conforto e embale.
No estado de alerta passivo (3) opte por actividades calmas, troque sorrisos, aproveite para cantarolar uma música.
Nos restantes estados diminua significativamente os estímulos e favoreça o adormecimento autónomo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Dica DI!

Muitos pais demonstram dificuldade em identificar os sinais precoces de autismo. Partilhamos um deles!
Aos 9 meses de idade não brincar ao agora-eu-agora-tu com sons e expressões faciais. 


O código de toque de uma mãe psicóloga

Todas as mães com uma profissão ligada ao desenvolvimento infantil ficam simplesmente maravilhadas todos os dias! Porque todos os dias se apercebem das mais ténues pistas que muitas vezes poderão passar despercebidas às outras mães e pais. E enquanto se embala o bebé no colo que tem o exacto contorno que permite o perfeito encaixe com o bebé em muito se pensa. Por vezes não se pensa, é certo… só se aproveita os minutos de silêncio para sossegar o cérebro, que entretanto foi reprogramado para dar resposta a todas as necessidades daquele tão pequeno e adorado ser.  Mas quando se divaga e se percorre rapidamente o dia fazendo o balanço para o encerrar, surgem algumas conclusões. E inevitavelmente pensamos em muitas questões do desenvolvimento dos nossos filhos. No meu caso em particular, essas questões não se prendem com angústias e preocupações mas pelo contrário pelo fascínio de encontrar nas ténues pistas a chave perfeita à luz dos mais adorados especialistas desta área. Muitas vezes este é o mote para as nossas próprias reflexões enquanto profissionais. Foi num destes momentos que me surgiu o que designei desde então “o código de toque”. Obviamente que esta reflexão foi proporcionada também pela preparação do workshop que mais tarde daria sobre Massagem do Bebé. E, por me parecer que além de interessante poderia ser uma ferramenta de apoio aos recém pais e cuidadores, decide partilhá-la.
Não é necessário ser pai ou mãe para perceber que um dos principais e privilegiados meios de comunicação com o recém-nascido é o toque pele a pele. Infelizmente é muitas vezes descurado na preocupação constante de manter o bebé aconchegado e quente, mas existem muitas possibilidades, que na consciência da sua importância, são colocadas em prática. Aproveitar a hora da muda da fralda, estipular um momento tranquilo de massagem ou simplesmente tirar partido do tipo de toque, do seu ritmo e intensidade, são óptimas estratégias para que a interacção com o bebé se inicie logo após o nascimento. Foi nessas primeiras horas, de pura contemplação que comecei a tocar suavemente com o meu dedo indicador o nariz minúsculo da minha bebé. E desde então esse é um dos meus principais trunfos para a relaxar e adormecer. Fui também reparando que a avó e o pai tinham outras estratégias… o pai embalava dando suaves palmadinhas e a avó fazia “festinhas” nas bochechas. Todos nós tínhamos formas diferentes de interagir através do toque e todas elas eram eficazes. Ao longo do tempo fui percebendo que aquelas estratégias eram infalíveis se se tratasse do cuidador que as iniciou. Existe, de facto, um código de toque que permite ao bebé desde tenra idade conhecer o cuidador, obviamente com o auxílio das especificidades da voz, do cheiro e da expressão facial. Não devemos descurar o toque na comunicação como o bebé e é sempre benéfico se adoptarmos um toque que nos identifique. O bebé é muito mais do que um ser que como e dorme. Está disponível para entrar em relação desde as primeiras semanas de vida e os cuidadores podem e devem usar todas a estratégias que estiverem ao seu alcance para que a vinculação se inicie e fortaleça. Muito provavelmente ao ler estas palavras tomará consciência de que sempre teve um código de toque com o seu bebé. Fique então a saber que é uma poderosa ferramenta na vinculação ao seu filho. Às mães que se sentem perdidas no cuidado ao recém-nascido, demasiado duvidosas do seu desempenho ou em depressão pós-parto, esta pode ser uma dica de valor. Inicie hoje mesmo um código de toque!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Comunicação com o bebé pré-verbal: A importância das expressões

Compreender as pistas dadas pelo bebé pré-verbal é fundamental. Não só para o cuidador se sentir seguro bem como para o bebé ver reconhecidas as suas emoções e necessidades.
Responda a todas estas expressões faciais. Todas elas são uma forma de comunicação e portanto pistas que deverão ser aproveitadas. Verbalize a sua interpretação, adaptando o tom de voz e aja em consonância. 
1.Medo: Canto da boca retraído. Sobrancelhas para dentro ligeiramente subidas
2.Dor/Desconforto: Olhos bem fechados, boca quadrada e angular
3.Tristeza: Cantos internos das sobrancelhas levantados, cantos da boca alongados para baixo
4.Surpresa: Sobrancelhas erguidas, olhos arregalados, boca arredondada em forma oval. 
Embale na tristeza, securize no medo, contenha no desconforto e imite a expressão de surpresa associando um sorriso ou descrição do que está a acontecer.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sophie la Girafe

Já conhece a Girafa Sofia?

Se tem um bebé com poucos meses ou se está grávida este é um dos brinquedos que terá de ter em sua casa.

A Girafa Sofia nasceu a 25 de Maio de 1961 e é o brinquedo que deixa os bebés encantados. 
Mede 18 cm e a sua composição à base de borracha é 100% natural.

Estimula os 5 sentidos desde os primeiros meses de vida:

Visão - As suas manchas compõem o contraste ideal para a estimulação das competências visuais do bebé;
Audição - A Girafa Sofia quando espremida ou abocanhada emite um som característico;
Tacto - O toque assemelha-se à pele da mãe. A estrutura da girafa permite ser facilmente manuseada pelo bebé, dado o seu pescoço e pernas alongadas. As orelhas e outros pequenos pormenores permitem acalmar as gengivas doridas;
Olfacto - Aroma singular da borracha natural extraída das seringueiras (árvore da borracha);
Paladar - A borracha natural e a pintura à base de tinta alimentar não causa desconforto ao paladar e permite ao bebé explorar a girafa com a boca sem preocupações e perigos.

Desta forma, é um brinquedo seguro, que amigo do desenvolvimento dos mais pequenos.





"O bebé que não sabia que tinha nascido"


Fotografia partilhada no facebook por um médico grego, Dr Aris Tsigris. "O bebé que não sabia que tinha nascido" foi o seu comentário.
A fotografia é de um bebé ainda no saco amniótico, após cesariana, uma situação extremamente rara mas possível. 
Um pequeno DI!


Mini DI!

No seguimento da Mini Dica DI veja como este bebé está disponível para um momento a dois. 

http://youtu.be/JPejofp9BnQ

Recorde-se que rapidamente ficam cansados, nessa altura não insista. São poucos minutos mas preciosos para a construção de uma relação segura e próxima com o seu bebé. Repare também na atitude do pai, encantado com a sua filha, também ele disponível para este momento. Ambos tranquilos, numa atmosfera de afecto e descoberta! Esqueça o mito do "come e dorme" e esteja atento/a às pistas dos mini DIs.


Dica Mini DI!


Balões sensoriais!


Brinque aos balões sensoriais. O objectivo é descobrir o que cada um tem apenas pela sua textura.
Encha balões com alimentos/produtos de diferentes texturas, por exemplo feijão, farinha, gel, sal grosso, água, sementes, etc. Não se esqueça de apontar a que corresponde cada cor. Um divertimento para toda a família com a garantia de estimular o desenvolvimento dos mais pequenos. 


"Bebés treinam o choro dentro da barriga das mães!"

Quando nascem os bebés têm tudo o que é necessário para comunicar com os cuidadores... Não se esqueça que o choro é uma forma de expressão. Ao longo do tempo vai percebendo que diferentes tipos de choro significam diferentes desconfortos; nessa altura aventure-se a interpretar o choro conversando com o seu bebé. Por exemplo, se acha que o bebé está com fome poderá dizer algo semelhante a: 'estás a chorar porque tens fome, eu sei bebé, vamos já beber o leitinho, já vou cuidar de ti...' Ou na fralda suja dizer: 'é a fralda que te está a incomodar? Vamos lá trocar, já vai passar...' e deverá sempre aproveitar estas actividades para descrever todos os seus passos... O segredo é só um: converse sempre! 

Dica DI!


Dica DI!


Os gémeos espanhóis Daniel e Maria de mão dada logo após o nascimento! Lindos DIs!


Converse com o seu bebé!

Nunca deixe de conversar com o seu bebé!
Recorde-se que conversar envolve criar pausas para o outro, se estiver atento/a irá reparar que nessas pausas o bebé responde com pequenos sons.



Habilitação!


Uma excelente ideia para a habilitação das competências motoras! Faça um cubo de papel e escreva 6 ou 12 actividades, misturando as que sabe que o seu filho já conseguirá realizar (controle) e aquelas em que apresenta maior dificuldade (desafio). Recorde-se que pode adaptar este cubo a qualquer tipo de competência. Ajude o seu filho a superar as dificuldades com brincadeira e afecto!

Dica DI! Família Feliz!


ROI Rastreio Oftalmológico Infantil


A propósito do ROI - Rastreio Oftalmológico Infantil criado pela Dr.ª Fátima Pinto e aprovado pela Sociedade Portuguesa de Pediatria (http://www.spp.pt/conteudos/default.asp?ID=247) recordamos a importância do rastreio das competências visuais desde o nascimento!





O meu primeiro calendário!

Uma excelente ideia para começar por volta dos 3 anos, permite o treino de competências como a orientação temporal, a capacidade de planeamento e a expressão emocional. Uma actividade a fazer em conjunto ao acordar!


Dica DI!

Nesta altura do ano surgem as queixas relativas ao desinteresse dos mais pequenos pelo estudo, aos resultados escolares e às decisões do futuro académico. Os pais, até então pouco exigentes, tornam-se insistentes e pressionam a criança. Na fase final do ano, o ambiente familiar que deveria ser o mais tranquilo e estável torna-se num campo de batalha onde os vencidos só o são pelo cansaço e desgaste. Evite estes problemas acompanhando de perto a evolução da aprendizagem e sendo exigente desde o início do ano. Se não o fez aceite que o seu filho não estará preparado como gostaria, esteja disponível para o ajudar, orientando-o e não deixando em momento algum de lhe demonstrar o seu afecto e amor.

O paladar educa-se!


É muito frequente os pais queixarem-se de que os filhos só gostam de batatas fritas, coca cola, doces, etc. Recorde-se que o paladar educa-se, é natural uma resistência inicial a determinados sabores mas apenas pela insistência se conseguem resultados. Aquilo que oferece ao seu filho nos primeiros anos de vida é aquilo que aprenderá a gostar. Se desde cedo inclui alimentos processados com adição de açucares e gorduras recorde-se que alguns anos mais tarde será sua a responsabilidade de reeducar uma criança obesa e de pouca saúde. Recorde-se da importância dos ácidos gordos ómega-3 para o desenvolvimento cerebral e para a saúde mental dos mais pequenos.

O peso das palavras!


Recorde-se que aquilo que diz aos mais pequenos têm um papel preponderante na estruturação das suas personalidades. Quando, perante uma birra, lhe diz "fico triste contigo", "deixas-me triste", está a dizer que não aceita as suas fragilidades e erros. Esta é uma das principais causas de baixa auto-estima. Todas as crianças, no processo de aprendizagem erram e falham, aceite-o de forma tranquila, reprovando o acontecimento. Poderá optar por dizer "fiquei triste com o que se passou". 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dica DI!


A qualidade da relação que se estabelece com os filhos depende única e exclusivamente do afecto, da atenção e do tempo partilhado em brincadeiras repletas de alegria para ambos. Nao disfarce que se diverte enquanto está com os mais pequenos, aventure-se a fazê-lo com alma! Brinque com alma, mesmo que isso lhe exija que viaje à sua infância e à memória da espontaneidade característica dessa altura. 
À imagem o DI só acrescenta qualidade a esse tempo! 


*
*Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tummy Time!


Existem várias estratégias para o Tummy Time, tempo de barriga para baixo (http://desenvolvimento-infantil.blogspot.pt/2010/03/tummy-time.html). Uma delas é colocar o bebé apoiado numa bola de praia (meia vazia) ou terapêutica, por períodos de tempo progressivamente mais longos. Para iniciar esta actividade é aconselhável que o bebé tenha já algum controle do pescoço. 




Recorde-se que pode aproveitar sempre o Tummy Time para um momento a dois; enquanto o posiciona na bola pode embalar o bebé em movimentos suaves e ritmados, aos quais associa a sua voz sussurrando uma lenga-lenga ou canção. 

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