terça-feira, 12 de outubro de 2010

Os bebés à lupa!






Os resultados serão posteriormente divulgados.

Desde já agradecemos a sua contribuição!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Bebés: O mito do come e dorme

... na PAIS & Filhos de Agosto!



A Drª Fátima Pinto foi entrevistada pela Revista PAIS & Filhos para o tema do mês "Bebés, o mito do come e dorme". Um texto no qual é também abordado o Projecto "Conversar desde o Berço". Todos os ingredientes para ser recomendado pelo blog Desenvolvimento Infantil!


Espreite no site da Revista: http://www.paisefilhos.pt/index.php/sumario/2597-sumario-235


Imagem retirada do site www.paisefilhos.pt

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vamos Brincar? Como escolher um brinquedo...

Mas afinal quais são os brinquedos que promovem o brincar criativo, saudável e de qualidade?

O brinquedo ideal é aquele que pode ser utilizado de várias formas; que possibilite à criança o uso da imaginação; que estimula os seus sentidos e que lhe permita decidir o rumo da brincadeira.


Os blocos de construções de várias formas e tamanhos, ocos ou maciços são um excelente recurso uma vez que podem ser utilizados para variadíssimas actividades e acompanham o crescimento da criança: podem servir para simplesmente explorar (os padrões preto e branco são os ideias para os recém-nascidos), empilhar, despejar, realizar construções como pontes e torres e mais tarde para se transformarem em garagem para carros, esconderijos para animais ou caixinhas para guardar a lua.


Os brinquedos devem ser uma porta aberta para um mundo onde tudo é possível, onde a única palavra de ordem é a imaginação. Um simples boneco que não corresponde a nenhuma personagem de ficção permite à criança criar a sua própria fantasia, dar azo à sua criatividade e envolver-se num momento lúdico único no qual se experimenta a si própria e ensaia o mundo dos adultos.


Uma actividade de que todas as crianças gostam é a que permite explorar texturas, cores, sons e cheiros novos. Pintar com os dedos, desenhar na areia, encher tacinhas com água, brincar com plasticina são oportunidades de aprendizagem usando o tacto, o olfacto, a visão e a audição. Os mais novos adoram dançar e cantar; o contacto físico é, nesta altura, muito importante.
O brinquedo é sempre o ponto de partida para uma viagem lúdica, mas o caminho deve ser sempre escolhido e construído pela criança. Uma boneca que fala e chora limitará sempre a brincadeira; os bonecos mais simples são aqueles que têm maior potencial lúdico.


A quantidade nem sempre é sinónimo de qualidade. Muitos brinquedos dispersam a atenção dos mais novos. Quando a criança perde o interesse por alguns objectos, a melhor estratégia é guardá-los e mais tarde reintroduzi-los como novos.


Os melhores brinquedos para o recém-nascido são os pais, e tudo o que lhe têm para oferecer – o seu sorriso, uma careta, um som semelhante ao que vocalizaram, o toque… Posteriormente devem ser de cores contrastantes (o branco e o preto são o ideal) uma vez que a visão cromática só surge por volta do segundo, terceiro mês de vida. É interessante perceber o conforto encontrado na simples visualização destes padrões.





Para crianças mais velhas existem ainda os objectos domésticos que poderão ser muito úteis. Uma pequena panela, uma colher de pau, um rolo de papel absorvente de cozinha, uma caixa de papelão, uma massa feita de farinha, água e corante, entre outros, serão certamente objectos/utensílios/alimentos que poderão criar um óptimo cenário lúdico.



Imagens retiradas da Internet

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vamos Brincar?

Hoje as crianças passam horas a fio em frente ao ecrã, quer se trate da televisão, do computador ou até mesmo dos jogos electrónicos de mão. Será isso brincar? O sentido das palavras transforma-se ao longo dos anos, e hoje se questionarmos a Joana de 8 anos ela falará dos desenhos animados, daquela boneca específica que é também uma personagem de um filme de animação que viu no cinema. Os avós questionam-se se as crianças de hoje saberão encontrar numa escova de fatos uma boneca que poderão embrulhar num pedaço de tecido e com ela viajar ao seu próprio mundo de fantasia, em que tudo é enriquecido com um pó de magia, em que a realidade é transformada de forma criativa num mundo encantado. Hoje, os espaços encantados são oferecidos e pré-fabricados… apostar num brincar criativo e de qualidade torna-se uma tarefa difícil para os pais que na maratona dos seus dias encontram na prateleira do hipermercado o brinquedo que sabe ‘calar’ por breves momentos o filho. Esse brinquedo pode até ser rotulado de ‘educacional’ mas haverá evidência que o comprove? Muitos deles transformam a criança num jogador passivo a quem se exige apenas o clicar constante de um botão.

O brincar criativo é essencial para a saúde mental da criança; é fundamental que se envolva activamente no seu brincar para que competências básicas de aprendizagem possam ser adquiridas. Esta actividade lúdica, imbuída de fantasia e criatividade é a forma da criança pequena aprender acerca dela e do mundo que a rodeia.

O brincar considerado de qualidade é aquele que promove a proximidade nas relações interpessoais; é através dele que as trocas positivas, que impulsionam a relação de partilha e segurança, são realmente aprendidas. Nunca é demais recordar que é através de pequenas e simples brincadeiras que trabalhamos a linguagem nas crianças mais novas, respondendo aos seus sons, palavras e gestos, contextualizando o que se vai passando à sua volta. Ao promovermos o desenvolvimento da linguagem estamos também a oferecer à criança novos conceitos, que estimulam a complexidade do pensamento, a aquisição de estratégias de resolução de problemas que serão preponderantes para o futuro sucesso escolar e académico.

O brincar criativo não exclui o desenvolvimento físico. Através da actividade lúdica em espaços abertos, amplos e seguros as crianças movem-se e usam os sentidos adquirindo gradualmente competências da motricidade grosseira. Brincar à patela, à macaca, saltar às cordas ou ao elástico são actividades que permitem, com recurso a materiais de múltiplas funcionalidades, desenvolver e amadurecer competências como a coordenação de movimentos, controlo postural e praxia.

Quando a criança brinca com blocos ela aprende a ser criativa, já que constrói uma estrutura única da sua autoria, desenvolve a motricidade fina (movendo com precisão objectos através da pinça fina, controlando o movimento para manter o equilíbrio de uma torre) bem como explora as relações do tamanho e da forma.

No final do dia, explorar um livro repleto de imagens, permite à criança aprender novas palavras e a ‘ler’ as imagens sequenciando mentalmente a história, desenvolvendo a sua capacidade criativa e imaginativa.
Imagem retirada da internet

quinta-feira, 17 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Suplementos de flúor: sim ou não?

O flúor reduz a prevalência e a gravidade da cárie. Actualmente, considera-se que a sua acção preventiva e terapêutica é tópica e pós-eruptiva e que, para se obter este efeito tópico, o dentífrico fluoretado (pasta dos dentes dos pais) constitui a opção consensual.

Os fluoretos, quando administrados por via oral, podem ter efeitos tóxicos, em particular antes dos 6 anos.


Nas crianças com idades iguais ou inferiores a 6 anos, que cumprem as exigências habituais da higiene oral, isto é, escovam os dentes usando dentífrico fluoretado, a concomitante administração de comprimidos ou gotas aumenta o risco de fluorose dentária (alteração da cor do esmalte).

Ainda antes de o bebé nascer, as consultas de vigilância da gravidez, são uma boa oportunidade para sensibilizar os pais para a importância da saúde oral no contexto de uma saúde global. Por isso, as mensagens devem dar destaque, aos cuidados a ter com a alimentação e a higienização da boca da criança, especialmente após a erupção do primeiro dente.

Na consulta de saúde infantil ou de vigilância da criança pretende-se sensibilizar os pais para a rotina de higiene diária do bebé.

* Imagem retirada da Internet

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Quando iniciar a escovagem dos dentes?

Sondagem fechada!

Quando a criança tem destreza manual para isso - 0 (0%)
A partir do primeiro ano - 2 (11%)
A partir da erupção do primeiro dente - 12 (70%)
Quando a criança não engolir a pasta - 3 (17%)

Após a erupção do primeiro dente, a higienização deve começar a ser feita pelos pais, duas vezes por dia, utilizando uma gaze, uma dedeira ou uma escova macia, com um dentífrico fluoretado com 1000-1500 ppm (mg/l) de fluoreto, sendo uma das vezes, obrigatoriamente, após a última refeição.
A quantidade de dentífrico a utilizar deve ser idêntica ao tamanho da unha do 5º dedo da mão, da própria criança (dedo mindinho).

Não se recomenda qualquer tipo de suplemento oral com flúor.

Aos pais das crianças com menos de 3 anos deverá também ser fornecida informação sobre alimentação, factores de cariogenicidade e a importância de prevenir as cáries precoces da infância, chamando a atenção, em especial, para o facto de o bebé, a partir do 1º ano de idade, não dever usar prolongadamente o biberão nem adormecer com ele na boca, quer tenha leite, farinhas ou sumos. É também particularmente importante reforçar a absoluta contra-indicação da utilização de chupetas com açúcar ou mel.

A partir do momento em que a criança apresenta um dente com uma lesão de cárie dentária, passa a exigir medidas preventivas e terapêuticas específicas. Após o tratamento da lesão de cárie essa criança é incluída num grupo que, do ponto de vista preventivo exigirá maior atenção e acompanhamento.

Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, integrado no Plano Nacional de Saúde 2004-2010.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tagarelices IV

Luar,
Luar
Vem-me buscar
Que eu sou pequenino
E não sei andar


Eu mexo um dedo, dig, dig, dig
Eu mexo o outro, dig, dig, dig
Eu mexo os dois, dig, dig, dig
Eu mexo a mão, dig, dig, dig
Eu mexo o braço, dig, dig, dig
Eu mexo o pé, dig, dig, dig

Imagem retirada da Internet

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tagarelices III


Mão, mão, mão
Pé, pé, pé
Roda, roda, roda
Assim é que é


Tenho dois olhinhos
Abro-os para ver
Fecho os dois olhinhos
Para adormecer

Imagem retirada da Internet

sábado, 8 de maio de 2010

Tagarelices II

Dicas:


- O bebé deve estar bem disposto e com bom contacto ocular;

- Comece com rimas simples e suaves;

- Desligue a televisão ou outra fonte de ruído para que o bebé ouça;

- Dê ênfase à rima usando a voz e fazendo pausas;

- Personalize as rimas introduzindo o nome do bebé quando for possível;

- Toque em partes do corpo do bebé quando mencionadas;

- Elogie com entusiasmo todas as respostas do bebé.


Imagem retirada da Internet

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tagarelices I

Os bebés gostam de rimas.
Com o sentido da audição bem desenvolvido e habituado, antes do nascimento, ao ritmo cardíaco da mãe, o recém-nascido tem preferência pela musicalidade das palavras ditas em rima, reagindo-lhe de forma mais intensa e satisfeita do que às ditas no tom e frequência do discurso normal.

Rimas, repetidas em conversas e brincadeiras ou cantadas desde o primeiro dia e todos os dias, são fonte de interacção acrescentando tranquilidade, diversão e surpresa recíproca.

Rimas ditas em qualquer altura, quando o bebé está acordado, atento e satisfeito, na muda da fralda, na hora do banho ou depois da refeição, incluindo o nome e o toque, gestos e acções, reforçam a comunicação e as trocas, o ouvir e o responder, o esperar e dar a vez, ao mesmo tempo que estimulam a produção de sons, o início da articulação das sílabas e da sua junção, das primeiras e das novas palavras, da construção das frases, das histórias compreendidas e contadas e das futuras mais prolongadas conversas.

Rimas para aprender a falar e falar para aprender.
Rimas são, para o bebé, livros antes de ler.
Imagem retirada da Internet

sábado, 1 de maio de 2010

A criança e a mentira III

Uma dica!
Explore com a criança a seguinte fábula:
Era uma vez um Pastorinho que costumava levar o seu rebanho para a orla da floresta. Como estava sozinho durante todo o dia, aborrecia-se muito. Então pensou numa maneira de ter companhia e de se divertir um pouco. Voltou-se na direcção da aldeia e gritou:

- Lobo! Lobo!

Os camponeses correram em seu auxílio. Não gostaram da graça, mas alguns deles acabaram por ficar junto do Pastor por algum tempo. O rapaz ficou tão contente que repetiu várias vezes a façanha.
Alguns dias depois, um Lobo saiu da floresta e atacou o rebanho. O rapaz pediu ajuda, gritando ainda mais alto do que costumava fazer:

- Lobo! Lobo!

Como os camponeses já tinham sido enganados várias vezes, pensaram que era mais uma brincadeira e não o foram ajudar. O Lobo pôde encher a barriga à vontade porque ninguém o impediu.

Quando regressou à aldeia, o rapaz queixou-se amargamente, mas o homem mais velho e sábio da aldeia respondeu:

- Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso.

Fábula de Esopo
retirada do site: http://kids.sapo.pt/

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A criança e a mentira II

Perante esta problemática os pais devem:

- Conversar calmamente não acusando nem rotulando a criança de mentirosa.
No entanto, é indispensável que perceba a importância de dizer a verdade, reforçando-se que é a única forma de manter a confiança e segurança nos outros;

- Mostrar à criança que compreendem que algumas mentiras são desejos. Por exemplo, perante um divórcio e a ausência frequente do pai se a criança verbaliza que todos os dias vão passear juntos, a mãe poderá dizer: “Parece que estás com saudades do papá e gostavas de passar mais tempo com ele…”

- Ajudar a estruturar a diferença entre realidade e fantasia em crianças mais novas dizendo, por exemplo: “Essa foi uma óptima história, fazes histórias muito engraçadas…”;
- Falar abertamente da forma como lidariam com comportamentos incorrectos, caso considerem que a mentira surge como um receio de punição;

- Valorizar e mostrar satisfação perante a verdade;

- Respeitar a privacidade do adolescente.

Ainda de maior importância é o exemplo dado pelos cuidadores. A relação com os filhos deve ser sempre pautada pela verdade; as promessas não devem ser quebradas caso contrário irão parecer mentiras aos olhos das crianças.

Caso a mentira assuma um padrão repetitivo e se transforme no meio privilegiado para lidar com as exigências dos pais, professores ou do grupo de pares é aconselhável a procura de ajuda especializada.
Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A criança e a mentira I

Quando as crianças ocultam a verdade ou mentem os pais preocupados, recorrem com frequência à consulta de psicologia.

A compreensão da verdade está relacionada com o desenvolvimento infantil. Antes dos 3 anos de idade as crianças consideram que os adultos, nomeadamente os cuidadores, conseguem ler os seus pensamentos por incompreensão da sua privacidade. É portanto, por volta dos 3-4 anos, período coincidente com uma forte imaginação, que as mentiras surgem. Nesta altura, a criança percebe que o adulto não tem acesso ao que pensa e testa a aquisição de novos conhecimentos através da narração de histórias ou simplesmente procura justificações para as suas acções em motivos fantasiados, repletos de imaginação. Por exemplo, justificando a desarrumação do quarto culpando o lobo mau que desarrumou os brinquedos. A separação entre realidade e fantasia pode ser ténue e portanto as mentiras podem surgir num contexto de actividade imaginativa que não deve ser punida; os amigos imaginários são um óptimo exemplo.

Dos 4 aos 6 anos mentem com maior frequência, aos 4 ao ritmo de 2 horas e aos 6 de 90 minutos. Nesta altura, com um vocabulário mais rico e melhor compreensão do comportamento dos outros a mentira torna-se mais complexa e sofisticada. Nos primeiros anos escolares a criança deseja agradar os pais mais do que fazer o que é correcto surgindo frequentemente mentiras que permitem ir ao encontro das expectativas parentais.

Aos 8-9 anos a mentira surge por outros motivos uma vez que a diferenciação entre realidade e fantasia já se encontra suficientemente estruturada. Nestas faixas etárias, as histórias elaboradas parecem credíveis, são relatadas de forma entusiástica mas porque os torna alvo de atenção à medida que a mentira é contada. Este pode ser um motivo de preocupação para os pais dado que são indicadores do uso de meios inadequados para a obtenção de atenção e valorização.

As mentiras podem ainda surgir como resultado de uma baixa auto-estima; por um desejo acentuado de que esses fossem factos reais ou de forma a evitar futuras punições (por exemplo, mentir acerca de uma classificação de um teste de forma a manter as actividades programadas para o fim de semana).

Os adolescentes podem mentir para encobrir um problema sério tal como o abuso de álcool ou drogas escondendo repetidamente a verdade acerca de onde estiveram, com quem e o que fizeram. No entanto podem apenas fazê-lo como forma de protecção da crescente necessidade de privacidade, permitindo-lhes que se sintam psicologicamente independentes dos seus pais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O brinquedo ideal para o recém-nascido!

A visão das cores (cromática) só se desenvolve a partir do segundo ou terceiro mês de vida.

O recém-nascido é capaz de fixar objectos a 30 cm e segui-los lentamente quando são contrastados e a preto e branco.

Nos primeiros meses, os bebés interessam-se muito mais por brinquedos e mobiles com estas características que parecendo aborrecidos para os adultos são de todo aconselhados nestas faixas etárias.

Espreite:
(Imagem retirada deste site)

sábado, 24 de abril de 2010

Nova Sondagem!

Quando iniciar a escovagem dos dentes?

Tem um palpite?

Responda agora na coluna lateral! Participe!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dores de Crescimento

As dores de crescimento são uma queixa frequente em pediatria.

Os pais referem que a criança acorda a meio da noite com dor intensa nos membros inferiores que cedem facilmente com massagem ou analgésico (paracetamol ou ibuprofeno).
De etiologia desconhecida ocorrem entre os 3 e os 13 anos sem predomínio de sexo, sendo frequente uma história familiar nos pais ou nos irmãos.
De carácter transitório e benigno exige, para um diagnostico seguro, critérios específicos:

- Ocorrem no final do dia ou na primeira metade da noite,

- Têm uma intensidade capaz de despertar a criança,

- São sempre localizadas nos membros inferiores atingindo-os de forma simétrica e poupando as articulações,

- Cedem facilmente com massagem ou analgésico,

- Nunca persistem ao acordar de manhã nem durante o dia,

- Nunca se associam a sinais inflamatórios locais,

- Nunca se associam a mau estado geral, febre, anorexia ou perda de peso,

- Nunca limitam as actividades diárias,

- Nunca levam à claudicação (mancar).

As crises são normalmente recorrentes podendo persistir durante meses ou anos.


Dores referidas a outras zonas do corpo, que se iniciam ou mantêm durante o dia e se associam a sinais inflamatórios ou de doença sistémica, obrigam a investigação clínica.
Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nutrir o futuro - A importância do desenvolvimento cerebral nos primeiros anos de vida

O desenvolvimento cerebral observado nos primeiros anos de vida da criança é preponderante para o seu futuro a nível físico, cognitivo, emocional e social.
No passado, alguns cientistas pensavam que o desenvolvimento do cérebro seguia um padrão biologicamente predeterminado. Hoje sabe-se que as experiencias têm uma vasta influência na forma como os circuitos cerebrais são activados. Elas permitem que as cerca de 100 biliões de células nervosas, denominadas neurónios, realizem as conexões dotando a criança de mais e melhores meios para comunicar e interagir com a realidade que a rodeia. O cérebro desenvolve-se numa base genética enriquecida pela experiência, pelas relações interpessoais e pela saúde e nutrição adequadas. Assim, a qualidade das relações nos primeiros 3 anos de vida tem um impacto profundo e duradouro na evolução do cérebro e consequentemente na forma como a criança aprende, lida com o stress e regula as emoções. Após os 3 anos, período crítico que coincide com a vulnerabilidade cerebral à ausência de estimulação, a janela de oportunidade começa a decrescer. Assim, é desejável oferecer um ambiente seguro, uma comunicação eficaz que se inicia ao nascimento e se prolonga por toda a vida, relações consistentes e seguras e uma interacção pautada pelo toque, troca verbal e musical. Ao demonstrarem sensibilidade às pistas dos bebés, ao responderem às suas dificuldades e ao aproveitarem as actividades simples e corriqueiras no intuito de estimular a aprendizagem os pais tornam-se os melhores aliados dos filhos.


Sabemos a importância dos cinco sentidos, através deles a criança descortina os encantos da realidade. A experiência multissensorial é a chave para um desenvolvimento cerebral pleno: falar como o bebé, ler todos os dias, cantarolar e repetir lenga-lengas são óptimas estratégias que intuitivamente muitos pais colocam em prática.
A melhor aprendizagem é aquela que se desenvolve pela sintonia com os estímulos humanos, pela troca de olhares, sons e toques. Os bebés são extremamente responsivos ao movimento – o embalar, o balancear e o ser apenas pegado são actividades muito enriquecedoras e prazerosas por muito simples que possam parecer.

Nunca é demais lembrar: falar, cantar, brincar e ler são as actividades chave para edificar um cérebro infantil!

O desenvolvimento cerebral é de extrema importância. Poderá pensar que o cérebro adulto é bastante mais activo do que o de uma criança, mas este é apenas um de muitos mitos nesta área. O cérebro de uma criança de 3 anos é duas vezes mais activo e forma triliões de conexões. Aos 2 já atingiu 80% do tamanho adulto… Como muitos autores referem: “The first years last forever”.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Carotenemia

A carotenemia é a coloração amarela da pele provocada pela ingestão excessiva de alimentos ricos em beta carotenos como a cenoura e a abóbora. As zonas mais atingidas são os sulcos nasolabiais e as áreas palmoplantares. Deve distinguir-se da icterícia, coloração idêntica causada pelo aumento da bilirubina no sangue e sua acumulação nos tecidos.

Contrariamente à icterícia, a carotenemia nunca atinge as escleróticas (parte branca, externa e visível dos olhos) e surge, de forma transitória e frequente, na criança saudável no primeiro e segundo ano de vida.

A carotenemia é uma situação benigna que não exige tratamento retomando a pele a sua coloração normal após duas a três semanas da suspensão destes alimentos na dieta.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Em que idade é aconselhável o início de actividades ligadas à leitura?

Sondagem fechada!

Em qualquer idade - 22 (42%)
A partir dos 3 anos - 4 (7%)
A partir dos 6 meses - 25 (48%)
A partir dos 6 anos - 1 (1%)


A resposta mais correcta é a partir dos 6 meses de idade.

Sabendo-se que a capacidade de leitura se desenvolve simultaneamente com a de falar, aconselha-se a leitura em voz alta e em família a partir dos 6 meses encorajando-se, no entanto, a o seu início ou continuação nas mais velhas. O Plano Nacional de Leitura Ler +, uma iniciativa do Governo da responsabilidade do Ministério da Educação, em articulação com o Ministério da Cultura e o Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem por objectivo aumentar os níveis de literacia dos portugueses, alargou-se aos cuidados de saúde com a parceria do Alto Comissariado da Saúde, da ARS (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), da APMCG e da SPP, na vertente Ler + Dá Saúde aberta a todos os Centros de Saúde e Serviços de Pediatria Hospitalares.

As razões do benefício da leitura a partir dos 6 meses são o conteúdo do cartaz “Sete Excelentes Razões para Ler com as Crianças”:

1. Ouvir ler em voz alta, ler em conjunto, conversar sobre livros desenvolve a inteligência e a imaginação.

2. Os livros enriquecem o vocabulário e a linguagem.

3. As imagens, informações e ideias dos livros alargam o conhecimento do mundo.

4. Quem tem o hábito de ler conhece-se melhor a si próprio e compreende melhor os outros.

5. Ler em conjunto é divertido, reforça o prazer do convívio.

6. Os laços afectivos entre as crianças e os adultos que lhes lêem tornam-se mais fortes.

A leitura torna as crianças mais calmas, ajuda-as a ganhar autoconfiança e poder de decisão.

7. Os médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, nas unidades de saúde que aderem ao Ler + Dá Saúde, recomendam a todos os pais, e também aos avós, tios e padrinhos, que leiam com as crianças e as ajudem a gostar de livros.

Os Centros de Saúde e Hospitais com valência de Pediatria podem inscrever-se:

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/index.php?s=formhospitais

Imagem retirada da Internet

sábado, 17 de abril de 2010

Amigos Imaginários II

Por que motivo surgem os AI? O mais frequente é a diversão e a companhia que proporcionam; aceitam todas as brincadeiras, regras e o mais aliciante é permitirem que a criança ganhe sempre o jogo.

A solidão é outro motivo pelo qual os AI são criados, surgindo principalmente nos filhos únicos ou na altura do nascimento do primeiro irmão. A criança sente-se acompanhada e tem um óptimo parceiro de brincadeira, aquele que ouve, aceita e não critica.

O AI permite ainda sentir-se competente e ensaiar a interacção. Os meninos criam-nos competentes, com aquelas características que culturalmente foram ensinados a valorizar; fortes, poderosos, semelhantes a super-homens. Segundo vários autores, o sexo masculino projecta na AI as particularidades que gostariam de ter: força, resistência e poder. As meninas criam-nos incompetentes para que com eles possam praticar aquilo que socialmente se espera do sexo feminino, a ajuda, compreensão e protecção, desempenhando assim o papel de cuidador na relação. Por estes motivos é mais frequente serem os meninos a encarnar as personagens que fantasiam, considerando-se o Super-homem, o Zorro, etc.

Estes produtos da imaginação são muito úteis no evitamento da culpa, da crítica e na possibilidade de manutenção da auto-estima. Culpar o amigo invisível permite identificar e internalizar as expectativas parentais possibilitando uma maior consciencialização daquilo que é correcto ou não.

A comunicação é, sem dúvida, facilitada pelos AI. Até os adultos frequentemente expõem uma dúvida ou situação que lhes é difícil e dolorosa começando por referir que o problema é de um amigo. Da mesma forma a criança pode verbalizar, através do AI, questões que a afligem utilizando-o como veiculo de expressão de medos e receios.

O trauma pode ser um motivo para a sua criação dado que permite um auxílio activo desempenhando uma compensação emocional. Esta não deve ser considerada uma situação alarmante desde que a criança não perca a capacidade de brincar espontaneamente e se isole.
Quando questionada, a criança descreve todas as características físicas do seu amigo invisível de forma pormenorizada. Quando lhe é associado um brinquedo, a descrição é habitualmente diferente das características reais, o que evidencia o grau de fantasia envolvido.

O Hobbes é, para o Calvin, alto, expressivo, extremamente forte e selvagem… para a Susie é simplesmente um peluche fofinho e felpudo.

Os AI têm um papel positivo e construtivo no desenvolvimento da personalidade.
Podem manter-se por cerca de 3 anos; quando desaparecem a criança justifica com uma viagem longa, uma morte repentina ou simplesmente caem no esquecimento.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amigos Imaginários I

O amigo imaginário (AI) é “uma personagem invisível, apontada ou referida pela criança em conversa com os outros ou com quem brinca directamente, por um período mínimo de vários meses, tendo para ela um ar autêntico mas sem uma base real aparente” Svendsen (1934). Surge habitualmente na idade pré-escolar, tem o pico de frequência por volta dos 4 anos mas pode surgir posteriormente, por volta dos 6-7 anos.

Por vezes, o AI está associado a um brinquedo significativo para a criança, por exemplo um animal de peluche, quando lhe é atribuída uma personalidade estável. O Hobbes do Calvin é um excelente exemplo.


Os amigos imaginários desempenham um papel diário na vida fantasiada da criança e rapidamente são incluídos na dinâmica familiar, é-lhes reservado um lugar na mesa na hora das refeições, um espaço na cama, etc. São produtos espontâneos da imaginação tendo maioritariamente uma valência emocional positiva.

Ao contrário do que se pensa, os AI não são raros, cerca de 65% das crianças em idade pré-escolar têm-nos. Não são indicativos de problemas emocionais nem surgem apenas nas crianças introvertidas. Da investigação realizada até à data conclui-se que estes surgem associados a características positivas como a capacidade de socialização, extroversão e criatividade. São retratados na banda desenhada e nos filmes de forma negativa e como sinal de patologia mental o que promove alguma preocupação nos cuidadores de forma desnecessária e não fundamentada.

A principal característica destes personagens invisíveis é mesmo a variedade. Podem ser crianças, adultos, animais, fantasmas, seres peculiares, etc…

Imagem retirada da Internet

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A falar é que a gente se entende! O desenvolvimento da linguagem...

É frequente, os pais recorrerem à consulta de pediatria ou de psicologia pela imaturidade da linguagem oral, considerando motivo de preocupação os filhos não falarem correctamente: “ele fala muito mal…”, “ele fala pouco e o que diz não se percebe…”.

As primeiras palavras surgem por volta dos 12 meses e aos 18 a criança começa a formar frases juntando-as, tendo aos 4 anos um léxico alargado.
A linguagem oral surge na relação com o outro, através do uso e da necessidade de comunicar. Com alguma frequência, e pela vontade de atender ao pedido da criança, os pais oferecem imediatamente o que o filho aponta, não exigindo que se expressem correctamente, perpetuando uma interacção que não exige a comunicação oral correcta e frequente.

O treino melhora a função e por isso deve ser sempre exigido à criança que verbalize as suas necessidades e se o faz incorrectamente os cuidadores devem insistir na correcção do vocabulário; se a criança aponta para o copo e diz “agui” devolver com “o João quer água, vai beber água…” será uma boa opção. Da mesma forma, sempre que a criança utiliza palavras infantilizadas bem como diminutivos, o adulto deve sempre corrigir permitindo a observação dos movimentos da sua boca. Todas as palavras inventadas devem ser evitadas na comunicação mesmo quando a criança as verbaliza enquanto brinca sozinha.
A estimulação da linguagem deve ser sempre espontânea, associada a situações do dia-a-dia e acompanhadas de movimentos expressivos que facilitem a compreensão. Cada progresso acompanhado de elogio é um forte estímulo à competência linguística.

Quando a criança entra para a pré-primária, o grupo de pares tem um papel preponderante no enriquecimento do vocabulário; frequentemente observa-se um desenvolvimento considerável na sua capacidade expressiva.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Com a chegada do sol, medidas de foto protecção! V

Não esqueça:

- A melhor arma para combater os efeitos nocivos do sol é a prevenção;

- Na Praia, na Escola, no Jardim ou na Montanha o Sol é sempre o mesmo;


- As medidas de foto protecção devem ser sempre aplicadas;

- Estar à sombra não exclui outras medidas de protecção, pois os raios solares são reflectidos na neve (85%), na praia (20%), na água e na relva (5%);

- O protector solar pode dar uma sensação de falsa segurança, não devendo ser usado para prolongar a exposição solar.
Imagem retirada da Internet

domingo, 11 de abril de 2010

Com a chegada do sol, medidas de foto protecção! IV

Ensine as crianças:

- Quando a sombra é maior que os objectos, é seguro brincar ao sol;

- Quando a sombra é igual aos objectos, é arriscado brincar ao sol;

- Quando a sombra é menor que os objectos, é perigoso brincar ao sol.
Imagem retirada da Internet

sábado, 10 de abril de 2010

Com a chegada do sol, medidas de foto protecção! III

Relógio solarRisco de queimaduras:

Muito elevado - das 12 às 16 horas
Elevado - das 11 às 12 horas e das 16 ás 17 horas
Médio - das 10 às 11 horas e das 17 às 18 horas
Mínimo - das 8 ás 10 horas e das 18 às 21 horas

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Com a chegada do sol, medidas de foto protecção! II

A prevenção ocular passa pelo uso de óculos que filtrem a RUV. A cor escura das lentes não significa protecção sendo importante a verificação, na compra, do comprovativo exigido pela comissão Europeia do grau de protecção (variável de 1 a 4).

Grau – Utilização

0 – Conforto/estética
1 – Luminosidade solar atenuada
2 – Luminosidade solar média
3 – Luminosidade elevada
4 – Luminosidade solar excepcional (não aconselhado na condução)

O símbolo CE constitui uma garantia para o consumidor. As lentes que não respondam a esta exigência podem ser perigosas pela possibilidade de filtrarem a luz visível mas não a RUV, provocando uma maior agressão ao dilatarem as pupilas. Deve prestar-se particular atenção nas crianças abaixo dos 10 anos com cristalinos muito transparentes e portanto muito sensíveis, sendo completamente contra-indicado o uso de óculos de sol de brincar ou de fraca qualidade.

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Com a chegada do sol, medidas de foto protecção! I

A radiação solar que atinge a superfície terrestre pode ser dividida, de acordo com o comprimento de onda, em radiação infravermelha, luz visível e radiação ultravioleta (RUV). A RUV é responsável pelos efeitos nefastos da energia solar sendo responsável por queimadura e envelhecimento da pele, cancro da pele, cataratas e depressão do sistema imunológico. Sendo as crianças mais susceptíveis aos efeitos nocivos do sol, cerca de 80% da exposição ocorre antes dos 18 anos de idade.

As medidas de foto protecção devem ter início na infância sendo totalmente desaconselhada a exposição directa ao sol antes dos12 meses. Acima desta idade a exposição deve ser progressiva e fora do período entre as 11 e as 17 horas (particularmente entre as 12 e as 16).

A melhor protecção é a sombra (guarda sol, árvore) e o vestuário, recomendando-se o uso de T-shirt, chapéu e óculos de sol mesmo nos dias mais ventosos ou de céu nublado. Quanto mais transparente for a peça de roupa, menor é a protecção e se molhada deixa passar as radiações
As partes do corpo não cobertas devem proteger-se com protector solar que contenha filtros RUV.

Existem diferentes definições de factor de protecção solar. Os produtos da Comunidade Europeia usam o sistema COLIPA (Comité de Liaison des Associations Européennes de L'Industrie de la Parfumerie, des Cosmetiques et des Toilette) enquanto nos Estados Unidos se utiliza a FDA (Food and Drug Administration). Assim é necessário ter em atenção a qual se refere o produto que se vai usar, correspondendo os da primeira a duas vezes o valor da segunda (20 em COLIPA = 40 em FDA).
Nas crianças aconselha-se um protector com factor de protecção 15 (30), no mínimo, que deve ser aplicado 45 minutos antes da exposição com reaplicação de 2 em 2 horas e depois de cada banho.

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Andarilhos ou Armadilhas?

Os andarilhos para bebés (voadores, andadores ou aranhas), são equipamentos de puericultura com uma base de suporte e várias rodas, que ajudam os bebés que ainda não andam a deslocarem-se sozinhos sobre o pavimento com o impulso dos pés. Destinados à colocação do bebé em posição vertical, com os pés a tocar o chão, proporcionam-lhe condições de deslocação numa idade em que o desenvolvimento atingido ainda o não permite.

Estes objectos, muito perigosos, são responsáveis por grande número de acidentes entre os 7 e os 15 meses de idade. Nos últimos vinte anos, estatísticas hospitalares, tanto da UE como dos Estados Unidos confirmaram este risco e estudos Australianos revelaram que, em cada três crianças, pelo menos uma virá a ser vítima de um acidente com um andarilho. O Fundo para a Prevenção dos Acidentes com Crianças, do Reino Unido revelou ainda que os andarilhos para bebés provocam mais ferimentos em crianças do que qualquer outro artigo de puericultura. Em Portugal, um estudo piloto da incidência nacional de lesões associadas a Acidentes com Andarilhos levado a cabo pela APSI e Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) em 2005 revelou resultados semelhantes. Em 2009 a Comissão Europeia do Consumidor regulamentou normas de segurança europeia sobre os andarilhos para bebés.

Para além das consequências em termos de acidentes, ficam ainda as de nível desenvolvimental. O bebé está de pé na idade de aprender a rolar, gatinhar e levantar com apoio, etapas naturais, sequenciais e indispensáveis à aprendizagem da marcha.

Um estudo publicado em 2002 no British Medical Journal contradisse que os andarilhos estimulam a aquisição da marcha e um outro da Universidade de Fisioterapia de Dublin demonstrou mesmo o seu atraso.
Em 1995 a Academia Americana de Pediatria recomendou a sua não utilização e em 2004 o Canadá proibiu a sua comercialização sujeitando-a a coima.

Perigosos e totalmente desaconselhados, os andarilhos continuam a ser usados por muitos lactentes cujos pais os compram ou recebem de prenda. Estes encaram-nos como objectos auxiliadores e acham-nos seguros se mantido o uso sob a sua vigilância. Tal não corresponde à realidade e sabe-se que a proximidade do adulto, mesmo que atento, não impede os acidentes pela rapidez com que acontecem. Em cima deles e dando balanço com os pés, o bebé consegue avançar um metro por segundo.

É então importante informar os pais, supremos protectores da criança, sobre a importância da não utilização deste objecto, aconselhando mesmo a sua destruição, no caso de o terem já adquirido ou de lhes ter sido oferecido, para evitar definitivamente que alguma outra criança o possa ainda vir a usar.
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sábado, 3 de abril de 2010

Cálculo da Estatura Alvo

Sabia que é possível prever a altura do seu filho na idade adulta?
Divide-se por dois a soma das estaturas do pai e da mãe somando treze à estatura da mãe se avaliarmos um rapaz, subtraindo 13 à estatura do pai se avaliarmos uma rapariga.

Rapaz: Alt. Pai + (Alt. Mãe + 13)/2

Rapariga: Alt. Mãe + (Alt. Pai – 13)/2


O crescimento tem uma programação genética proveniente dos pais.
Através desta fórmula é possível obter a estatura alvo que corresponde ao percentil 50 para o casal.

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Síndrome do Bebé Sacudido II

O choro persistente associado a inúmeras tentativas fracassadas para o cessar causa frustração e pode levar à exaustão.


É importante informar os pais acerca do SBS e das estratégias preventivas possíveis. Frente ao cansaço e à sensação de fracasso os pais podem:
- Deixar o bebé no berço e ausentarem-se por minutos, indo até outra divisão da casa,
- Contactar um familiar com quem possa partilhar a sua angústia e/ou pedir auxílio,
- No regresso ao quarto, recordar que o choro é das principais formas de comunicação do bebé e que qualquer pequeno desconforto é demonstrado dessa forma.
O choro do bebé não é propositado, ele apela à contenção e aceitação.
Nos primeiros meses de vida é importante assegurar o apoio cuidadoso da cabeça do bebé.


Imagens retiradas da Internet

terça-feira, 30 de março de 2010

Síndrome do Bebé Sacudido I

O Síndrome do Bebé Sacudido (SBS) é uma forma de abuso infantil com traumatismo craniano ou cervical. Ocorre abaixo dos 5 anos com um pico de incidência entre os 3 e os 8 meses. A Academia Americana de Pediatria defendeu em 2009 a substituição desta nomenclatura para Abusive Head Trauma (AHT) referindo-se apenas ao diagnóstico entre médicos mantendo-se a anterior SBS em termos gerais públicos de forma a aproveitar a grande divulgação já existente acerca deste quadro clínico. A AHT pretende incluir, para além do abanar, o empurrar ou o choque violento da cabeça. As lesões neurológicas podem ocorrer com o simples abanar de forma intensa e continuada como acontece por vezes no embalar, no brincar ao “cavalinho” e no atirar ao ar mas mais frequentemente são o resultado de actos violentos perpetuados por um adulto cuidador incapaz de lidar com o choro persistente da criança. Da mesma forma, sacudir para repreender, para além de ser uma estratégia desaconselhada em termos educacionais, pode magoar gravemente a criança.


As consequências, muitas vezes fatais, são entre outras o edema cerebral, a hemorragia subdural sendo a retiniana muito típica.
O diagnóstico pode ser evidente ou não e qualquer quadro neurológico súbito e inexplicável deve alertar para a sua possibilidade.
A prevenção é a melhor forma de combate alertando os pais para os riscos das brincadeiras acima citadas, informando sobre os riscos de sacudir, empurrar e fornecendo técnicas de lidar com o stress causado pelo choro ininterrupto da criança.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Pensar os Irmãos III

O relacionamento entre irmãos é provavelmente mais difícil durante a segunda metade do segundo ano de vida do filho mais novo pelo que esta deve ser uma altura de especial atenção.

É importante:
- Manter rituais que facilitam a aproximação dos irmãos (refeições em família, etc);
- Não fazer comparações, isso alimenta confrontos entre filhos. É necessário encorajá-los a pensar na perspectiva do outro “o que achas que ele sente?””e tu como te sentirias?”
- Elogiar a responsabilidade demonstrada quando não foi solicitada;
- Elogiar de forma adequada e em quantidade moderada. É importante que eles próprios saibam ficar felizes com os seus sucessos.
- Que as críticas sejam feitas numa conversa a dois evitando sempre o nunca e o sempre.

“Quanto mais os filhos se sentem seguros com os pais, melhor se relacionam entre eles.” (Teti & Ablard, 1898)

Conhecer e valorizar a individualidade e personalidade única de cada filho é primordial para uma dinâmica familiar satisfatória.
Investir na relação através de actividades em conjunto deve ser uma prioridade para a saúde da vida familiar (conversar, ler, jogar, brincar…).

domingo, 28 de março de 2010

Pensar os Irmãos II

Em primeiro lugar, é fundamental não encobrir a notícia da gravidez e conversar sobre ela mostrando disponibilidade para as questões levantadas pela criança. Caso contrário todas as mudanças comportamentais e físicas, que são naturais, não serão compreendidas.
Preparar a vinda do bebé envolvendo a criança, na decisão da compra do vestuário, na decoração do quarto ou noutras semelhantes resultam como fulcrais.


Quando o parto se aproxima é benéfico explicar com clareza que a ‘mãe tem de ir ao hospital para o bebé sair’. Convém que a criança o percepcione como um acontecimento passageiro com possibilidade de visitas à mãe e ao irmão.
A informação deve ser clara quanto ao que vai acontecer nesse período curto:
com quem e onde vai ficar, como vai para a escola…

Da mesma forma que os pais se adaptam ao novo filho também o irmão necessita do seu tempo.
Uma vez em casa é importante:
- Incentivar a participação da criança nas rotinas e cuidados diários como a preparação do banho, as horas de sono e a explicação das frequentes mamadas e mudas de fralda;
- Não deixar de exercer a disciplina cedendo às birras;
- Não abdicar de tempo de exclusividade com o filho mais velho, nem que seja na hora do conto antes de dormir, aproveitando também os períodos de sono do mais novo.
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sábado, 27 de março de 2010

Pensar os irmãos I

“Ter duas crianças é muito mais do que ter mais uma!”
(Brazelton & Sparrow, 2005)




Saber como reagir com o primeiro filho quando nasce o segundo é uma preocupação comum à maioria dos pais. Para além da incerteza de que o tempo chegue para cuidar de ambos (apenas com um já é difícil), interrogam-se ainda quanto à qualidade do futuro relacionamento entre os dois. Querem dar-lhes todo o tempo possível mas este escasseia e da relação entre os dois esperam aceitação, afecto e harmonia. Partilhar não é fácil e ainda é mais difícil quando se trata da partilha dos pais e por isso o ciúme é certo e apenas há que esperá-lo não muito exagerado.
Confrontados os pais com estas dúvidas há que aconselhar!

O ajustamento da criança ao novo bebé depende:
- Da sua idade;
- Da qualidade da relação com os pais;
- Da qualidade da dinâmica familiar;
- Do tipo de vinculação;
- Da sua preparação para o nascimento.

Algumas medidas a adoptar e outras a evitar. Adiar ou antecipar decisões importantes para o mais velho como o retirar da fralda, o desmame do biberão ou chupeta e a entrada no infantário é uma boa prática. Estes momentos ‘difíceis’ nunca poderão parecer a consequência da vinda de um irmão, uma punição ou uma troca do amor dos pais. Decisões destas devem ser distanciadas em meses.

quinta-feira, 25 de março de 2010

SOS Pais! Uma dica por semana!

Jogo das moedas!

Este é um jogo que ajuda a melhorar a concentração, a capacidade de sequenciação e a memória!
É um exercício frequentemente utilizado nas consultas de habilitação neuropsicológica e quando praticado diariamente tem resultados muito satisfatórios.


Material necessário:
- Moedas (as de plástico são um óptimo recurso) que devem ser colocadas num tabuleiro;
- Um lenço;
- Um cronómetro ou relógio com ponteiro dos segundos;
- Lápis e papel.

Escolha 3 moedas do tabuleiro (por exemplo uma moeda de 50 cêntimos e duas de 20) e coloque-as numa sequência (ex. 20-50-20). Agora diga à criança “Olha com atenção para as moedas e para a ordem delas”. Depois, tape as moedas com o auxílio do lenço, para que não fiquem visíveis. Nesta altura accione o cronómetro e peça à criança para fazer a mesma sequência usando moedas do tabuleiro. Quando tiver terminado, aponte o tempo gasto e retire o lenço que cobre a sequência feita por si para ver se a realizada pela criança está correcta. Se a sequência não for a certa permita tentativas consecutivas até obter sucesso.
Não esqueça de participar, e pedir ao seu filho que lhe prepare uma sequência para memorizar! O jogo torna-se mais cativante e a criança percepciona-o como um momento de brincadeira.

Pode dificultar gradualmente o jogo, aumentando o número e a variedade de moedas na sequência (1, 2, 5, 10, 20, 50 cêntimos, 1, 2 euros).

Quanto mais jogarem mais notará a melhoria da capacidade de concentração e memória da criança… e da sua também!

Imagem retirada da internet

quarta-feira, 24 de março de 2010

Babywearing

Nove meses dentro da barriga e nove no colo da mãe! O babywearing refere-se ao “carregar” o bebé no colo, habitualmente junto ao peito, utilizando para isso um tecido/pano.
Em muitas culturas esta é uma prática frequente, e surgiu para possibilitar às mães o mesmo nível de actividade diária. Com o bebé ao colo embalam, cuidam e simultâneamente realizam todas as tarefas facilitando a vida quotidiana.


O facto de o babywearing permitir uma atmosfera semelhante à do útero suscitou interesse por parte dos investigadores/pediatras. William Sears, juntamente com Harvey Karp debruçaram-se sobre o estudo dos benefícios deste tipo de prática.
O batimento cardíaco da mãe, a melodia do seu corpo, o aconchego contentor e a posição fetal são características do ambiente intra-uterino que compõem o palco conhecido do recém-nascido que pode ser recriado através do uso do pano.

Com o crescimento e o consequente aumento de peso do bebé frequentemente as mães trocam o colo pelo carrinho ou pela coque o que prejudica o processo de vinculação e a relação. O babywearing permite o contacto, uma proximidade afectiva enriquecedora para ambos.

Benefícios para a mãe:
· Protecção da coluna – quando correctamente colocado o cuidador não sente qualquer tido de desconforto. O mesmo não se verifica com o uso da coque;
· Maior comodidade no transporte do bebé;
· Liberdade ao nível dos movimentos;
· Maior sentimento de segurança;
· Aprendizagem dos sinais do bebé e consequentemente fortalecimento do vínculo;
· Maior privacidade na amamentação;
· entre outros

Benefícios para o bebé:
· Conforto;
· Previne displasias da anca, pelo posicionamento das pernas do bebé, e a plagiocefalia pós natal posicional;
· Acesso visual privilegiado do que o rodeia;
· Tranquilidade e segurança proporcionadas pelo contacto com o corpo da mãe (sons e cheiro);
· Aumento do tempo de vigília tranquila;
· Fortalecimento do vínculo mãe-bebé;
· Necessidades rapidamente satisfeitas (pela melhor compreensão dos sinais por parte da mãe) e consequentemente choram menos;
· Entre outros.


Em Portugal esta prática foi fortemente divulgada pela Zélia Évora através de workshops e dos seus sites:
http://clubedopano.blogspot.com/
http://www.clubedopano.org/
Imagens e video retirados da internet

terça-feira, 23 de março de 2010

Anquiloglossia

A língua, com os seus movimentos, possibilita funções específicas como a sucção, mastigação, deglutição e fala.
Um freio sublingual fibroso e curto, inserido junto à ponta da língua (anquiloglossia) pode interferir com estas funções prejudicando o crescimento e desenvolvimento infantil. Assim, na criança com dificuldade em chegar com a ponta da língua ao lábio inferior ou superior, revelando nessa tentativa um formato típico de coração invertido, está provávelmente indicada a correcção cirúrgica (frenectomia, frenuplastia), procedimento simples efectuado após avaliação em consulta de cirurgia pediátrica.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Jogos didácticos

Nos dias de hoje, em que o tempo passado em família é muito escasso, é fundamental que ele seja enriquecedor, não só fortalecendo as relações parentais mas também estimulando as competências desenvolvimentais da criança.

Brincar com a Matilde estimulando a sua percepção visuo-espacial, apoiar o João na sua dificuldade de planeamento e sequenciação, divertir-se com a Maria ajudando-a a melhorar a memória… não é tão complexo como pode à partida parecer. Hoje é relativamente fácil encontrar jogos didácticos a preços acessíveis com alguma comodidade. Existem centenas de lojas online, com jogos bastante interessantes e que cativam desde logo a atenção da criança.

Por exemplo, na loja Pimpumplay encontram-se uma série de jogos, que se podem pesquisar intuitivamente, consoante a idade da criança e área funcional a que se destina. Tem ainda uma área reservada a produtos de intervenção especializada com materiais direccionados a terapeutas.

Não deixe de espreitar:

http://www.pimpumplay.pt/

http://www.didakto.pt/

http://www.arealeditores.pt/catalogod/

http://www.pititi.com/

http://lojinha.espaco-cucas.com/

Que jogos poderíamos usar para brincar com a Matilde:


Que jogos poderíamos usar para brincar com o João:


Que jogos poderíamos usar para brincar com a Maria:

Imagens retiradas da internet (dos sites acima citados)

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