Os andarilhos para bebés (voadores, andadores ou aranhas), são equipamentos de puericultura com uma base de suporte e várias rodas, que ajudam os bebés que ainda não andam a deslocarem-se sozinhos sobre o pavimento com o impulso dos pés. Destinados à colocação do bebé em posição vertical, com os pés a tocar o chão, proporcionam-lhe condições de deslocação numa idade em que o desenvolvimento atingido ainda o não permite.
Estes objectos, muito perigosos, são responsáveis por grande número de acidentes entre os 7 e os 15 meses de idade. Nos últimos vinte anos, estatísticas hospitalares, tanto da UE como dos Estados Unidos confirmaram este risco e estudos Australianos revelaram que, em cada três crianças, pelo menos uma virá a ser vítima de um acidente com um andarilho. O Fundo para a Prevenção dos Acidentes com Crianças, do Reino Unido revelou ainda que os andarilhos para bebés provocam mais ferimentos em crianças do que qualquer outro artigo de puericultura. Em Portugal, um estudo piloto da incidência nacional de lesões associadas a Acidentes com Andarilhos levado a cabo pela APSI e Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) em 2005 revelou resultados semelhantes. Em 2009 a Comissão Europeia do Consumidor regulamentou normas de segurança europeia sobre os andarilhos para bebés.
Para além das consequências em termos de acidentes, ficam ainda as de nível desenvolvimental. O bebé está de pé na idade de aprender a rolar, gatinhar e levantar com apoio, etapas naturais, sequenciais e indispensáveis à aprendizagem da marcha.
Um estudo publicado em 2002 no British Medical Journal contradisse que os andarilhos estimulam a aquisição da marcha e um outro da Universidade de Fisioterapia de Dublin demonstrou mesmo o seu atraso.
Em 1995 a Academia Americana de Pediatria recomendou a sua não utilização e em 2004 o Canadá proibiu a sua comercialização sujeitando-a a coima.
Perigosos e totalmente desaconselhados, os andarilhos continuam a ser usados por muitos lactentes cujos pais os compram ou recebem de prenda. Estes encaram-nos como objectos auxiliadores e acham-nos seguros se mantido o uso sob a sua vigilância. Tal não corresponde à realidade e sabe-se que a proximidade do adulto, mesmo que atento, não impede os acidentes pela rapidez com que acontecem. Em cima deles e dando balanço com os pés, o bebé consegue avançar um metro por segundo.
É então importante informar os pais, supremos protectores da criança, sobre a importância da não utilização deste objecto, aconselhando mesmo a sua destruição, no caso de o terem já adquirido ou de lhes ter sido oferecido, para evitar definitivamente que alguma outra criança o possa ainda vir a usar.
Imagem retirada da Internet
1 comentário:
Acho um bocado alarmista da vossa parte considerarem perigoso os andarilhos e virem com estatisticas de cabeças partidas e quedas e tudo mais. Pois muitos desses acidentes deve se a ma utilizaçao dos equipamentos ou a sua utilizaçao em locais nao proprios para o efeito.
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